A generosidade dos ciclos

Cartas a uma amiga 30 dezembro 2023  •  Tempo de Leitura: 2

Há uns tempos ouvi uma expressão que me fez pensar que era algo do género: ”Quem inventou de partir o tempo em pequenos ciclos/anos/meses foi muito generoso!”. E eu estou totalmente de acordo.

 

O tempo é algo muito mais relativo do que imaginamos, e apesar de ser igual para todos, não podia ser percecionado de maneira mais diferente. No entanto, quem teve a habilidade de repartir o tempo em anos e meses permite que, ainda que de modo imaginário, acreditemos que basta ser dia 1, para começar tudo de novo foi deveras muito hábil. O que separa um dia do outro é apenas um número e nome, mas na nossa mente é a esperança de que algo diferente pode acontecer- E acontece!

 

E quando muda o ano? Que festa! Fazem-se projeções, alinhamentos como se de 31 para 1 tudo mudasse - E muda! Geralmente aumenta o custo de vida, mas também ficamos mais perto de férias, casamentos e reencontros. Parece que a noite permite acreditar que: agora é que é! É este ano que mudo de emprego! É este ano que… e fazemos planos e projetos para os quais temos 365 dias para por em ação. Depois voltamos à estaca zero e recomeçamos.

 

É este recomeço, esta esperança e fé que define o presente e alimenta o futuro e para não cairmos no desânimo da rotina e no "mais do mesmo".

 

Que em cada ciclo, seja ele dia, mês ou ano, ou outro momento qualquer, sejamos capazes de avaliar o presente e projetar um amanhã feliz, seja lá o que isso significa para ti.

 

E tu amiga, já sabes o que vais fazer com o teu tempo?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

Subscrever Newsletter

Receba os artigos no seu e-mail