Somos todos Crianças.

Cartas a uma amiga 1 junho 2024  •  Tempo de Leitura: 1

E nem sempre significa que é bom.

 

Às vezes soltamos a criança birrenta que temos em nós.

 

Às vezes amuamos quando não gostamos do que nos dão, ou que nos contrariem.

 

E solta-se a adolescente que tem a mania que não precisa de ninguém.

 

E solta-se o jovem que quer aventura, mesmo que não seja o tempo para tal.

 

Voltando à criança. Quando dizemos” todos temos uma criança dentro de nós” é bem verdade. Damos por nós com os olhos a brilhar perante a fantasia e a gostar de colo.

 

Mas também é verdade que por vezes parecemos crianças a amuar porque o amigo não brincou comigo (em linguagem adulta: alguém que te ignorou).

 

Ou então, esperavas um brinquedo e deram-te uma peça de roupa (em linguagem de adulto: estavas à espera de ouro e saí estanho).

 

Há! Que linda a criança dentro de nós, desde que esteja bem disposta, dê muitos mimos e respeite tudo o que os outros querem que faça.

 

Caso contrário: Irra! “Rais parta a canalha!”

 

Por isso, se todos temos uma criança dentro de nós... talvez tenhamos que a soltar para brincar ao ar livre, dar-lhe muito mimo e dar-lhe alguns raspanetes. O resto, a adolescência vai encarregar-se de saborear, a juventude de viver e os adultos de recordar.

 

E tu amiga, como está a criança dentro de ti?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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