Os fins de Ciclo.

Cartas a uma amiga 13 julho 2024  •  Tempo de Leitura: 2

Volta e meia somos sujeitos a mudar ciclos, a fechar caminhos e a tomar decisões que implicam mudar de direção.

 

De vez em quando somos nós que pomos o fim a algo, seja uma relação de amizade, de trabalho ou até amorosa. E por mais que saibamos que é necessário, não é um processo fácil. Temos de arrumar gavetas de memórias e arranjar força e ânimo para novos desafios. É um misto de emoções pois a perspetiva de mudança tanto nos traz o medo como a esperança de uma oportunidade melhor.

 

Outras vezes, é-nos imposta a mudança e não temos alternativa. Somos forçados a mudar e a recomeçar a luta…outra vez! Quando não fazemos parte da tomada de decisão e apenas somos confrontadas com ela, ficamos sem chão e sem fôlego, mas também não é fácil tu tomares uma decisão de mudança sem teres a certeza que: ”vai tudo correr bem”.

 

Feche se o ciclo da maneira que se fechar é sempre um processo doloroso pois põe em causa a nossa confiança na nossa capacidade de encontrar outro caminho.

 

“Fecha-se um ciclo e abrem-se oportunidades”…. pois, o problema é quando as oportunidades teima em não aparecer e somos confrontados com a nossa mente a denegrir a nossa competência e a esquartejar a nossa esperança.

 

Independentemente das portas das quais temos de sair, dos amigos que temos de despedir, que todos saibamos sair com a cabeça levantada e com a consideração pelo princípio básico das relações: o respeito.

 

Um grande amigo dizia-me: “a verdadeira essência das pessoas reconhece-se nos momentos maus e na sua capacidade para os ultrapassar”.

 

E tu amiga, que ciclos precisas de fechar?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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