Por onde começar?

Cartas a uma amiga 20 julho 2024  •  Tempo de Leitura: 2

Sabes amiga, “preciso de mudar algo, preciso parar, preciso de mudar de vida”…Quantas vezes damos por nós a pensar que não estamos bem no sítio que estamos nem a fazer o que fazemos, mas também não conseguimos vislumbrar um caminho diferente nem melhor. Somos assolados por medos e sentimo-nos sós. Por um lado temos medo de partilhar essa fragilidade com alguém, por outro vamo-nos acomodando ao que temos e achando que ”não vale a pena” pois “não estou bem, mas também não estou mal”.

 

Mas de vez em quando, há um rasgo de vontade. De vez em quando ganhamos uma gana de aventura, de arriscar, de tentar a sorte e esquecer as amarras e erguemos a alma à procura de um caminho e de uma orientação mas:

 

Por onde começar?

 

A resposta surge, muitas vezes, de um discernimento pessoal, de um texto que lemos, uma publicação ou de uma conversa, mas nem por isso é fácil começar.

 

Outras vezes somos forçados a começar algo, simplesmente, porque já não aguentamos a situação presente. Nessas alturas não temos tempo para esperar novos ares e parece que estamos sós e nada nem ninguém nos pode valer mas temos um problema e temos de agir.

 

Não raras vezes sentimo-nos numa redoma pois os amigos são os mesmos, as conversas são as do costume vivemos numa bolha que nos apetece rebentar. Precisamos de mudar mas:

 

Por onde começar?

 

Por onde começar essa viagem interior? A quem recorro? A quem peço conselhos? Com quem partilho a minha fragilidades? A quem peço ajuda?

 

O caminho começa assim, com mais duvidas do que certezas! Propõe-te a fazer caminho e a permitir desbravar terreno. Procura bons companheiros de viagem, que podem não ser os que estão contigo agora, e á medida que firmas os passos vais começar a ver mais claramente as oportunidades que vão surgir. Não é fácil mas tens de começar, tu consegues!

 

E tu amiga, já sabes por onde começar?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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