Lá vamos nós outra vez.

Cartas a uma amiga 13 setembro 2024  •  Tempo de Leitura: 2

Chamemos-lhe recomeçar, retomar, regressar ou simplesmente voltar às rotinas, ao caminho que já estava a ser trilhado, chamemos-lhe o que quiser mas: lá vamos nós outra vez”. De quando em quando temos a oportunidade de nos desviarmos do caminho, de fazer uma pausa e até ponderar novas oportunidades, mas para a grande maioria de nós, após essas pausas, voltamos ao caminho, às rotinas e aos mesmos encontros. Excecionalmente somos forçados a mudar de caminho e encontrar novos rostos, projetos e desafios, e que bom que isso é, mas rapidamente se torna uma rotina e caímos no enfado:” lá vamos nós outra vez”. Recomeçam as canseiras, preocupações, o “corre corre” e o toque do despertador.

 

Mas que bom que é termos um sítio para ir, termos um projeto ainda que aborrecido, para fazer.

Que bom que é reencontrar as pessoas, fazer o caminho que já sabemos de cor.

Que bom que é termos um porto seguro.

 

Que bom que é termos um “outravez” na vida, seja para o bem seja para o mal pois significa que estamos mais preparados para o que aí vem. E se assim for então temos a oportunidade de fazer tudo outra vez, mas melhor.

 

Venham, outra vez, sorrisos, mas mais genuínos.

Venham, outra vez, palavras, mas mais inspiradoras e positivas.

Venham, outra vez, gestos cada vez mais cuidados e repletos de amor.

 

É que dificilmente poderás ter aquela oportunidade e o momento para fazeres “outra vez” o que tem de ser feito e, outras vezes tem a sorte de poderes fazer uma e outra vez até ficar bem feito.

 

E tu amiga, o que te apetece fazer outravez?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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