Festejar? E porque não?

Cartas a uma amiga 26 outubro 2024  •  Tempo de Leitura: 1

Querida amiga, nunca sentiste uma certa “vergonha” por festejar? Parece piada mas não é. Às vezes até tenho medo de dizer que estou feliz, ou que vou celebrar algo banal, para não ser olhada de lado como quem: olha esta!

 

Dia de pais, dia da mãe, aniversários de casados, namoro, dia da mulher… devem ser todos celebrados. Eu sei que a vertente comercial apoderou-se disto e damos por nós mais preocupados em “comprar” algo do que a “fazer” algo diferente.

 

Festejar para quê? Isto é tudo negócio! Pois bem, que seja! Ainda bem que há alguém que nos lembra que temos de festejar e que nos inventa pretextos para isso. Abençoados sejam, quem nos faz rir!

 

Abençoados, quem nos põe a pensar qual o jantar especial que vamos fazer, que bebida especial vamos pôr na mesa. Que bom que é termos um pretexto para comer na sala, pôr copos de cristal e guardanapos de pano, música de fundo. E que tal umas entradinhas, e uma sobremesa especial? E que tal um jantar mais demorado? Sim, enquanto estamos à mesa conversamos, saboreamos a companhia uns dos outros e também desabafamos. E quando nos contornamos, um jantar que deveria demorar 15m, prolonga-se por horas.

 

Às vezes, apenas precisamos de um pretexto para quebrar a rotina de uma semana aparentemente normal. Creio não ser preciso muito, apenas vontade!

 

E tu amiga, o que festejas hoje?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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