O primeiro dia do resto das nossas vidas.

Cartas a uma amiga 1 fevereiro 2025  •  Tempo de Leitura: 2

E é uma música sim senhora, e uma música que me martela a cabeça muitas vezes.

 

Sinto que a vida é feita de recomeços de “primeiros dias” e de oportunidades para fazer algo diferente mesmo que nos estejamos constantemente a queixar das rotinas. Mas quando a tua rotina é alterada por algo súbito que te perturba? Quando te vez obrigada a repensar todas as tuas horas, ocupações e canseiras?

 

Imagino o que seja estar à espera de um resultado de um exame de saúde que pode mudar tudo. Imagino o que, nesse instante, te passa pela cabeça, a ansiedade e as dúvidas. E quando chega o resultado e “está tudo bem” suponho que se respire fundo e diga ”é o primeiro dia do resto da minha vida”.

 

Imagino quando esperas o resultado de algo que pode mudar a tua vida: a entrada na universidade, o resultado de um teste de gravidez, um problema que se resolva, ou algo até mais trivial, imaginas? Pois é! Uns resultados podem mudar muita coisa, para melhor ou pior, outros nem tanto, mas todos nos colocam em cima de um muro a ver para que lado caímos e para que lado seguimos.

 

Já te sentiste no primeiro dia do resto da tua vida? Em que momento? Como reagiste?

 

Quem é mãe como eu, sabe bem que o nascimento de um filho é o primeiro dia do resto de uma vida totalmente diferente. Mas acredito que quem sobrevive a uma doença, também deve sentir uma enorme gratidão.

 

Mas sabes, sendo o primeiro dia do resto das nossas vidas, então que nunca te faltem “amigos que ofereçam leito” e que lutes sempre pelo que” levas a peito” para que valha sempre a pena viver esse dia como sendo o primeiro ou mesmo o último.

 

Venham muitos primeiros dias!

 

E tu amiga, quando foi a última vez que sentiste que era o primeiro dia do resto da tua vida?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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