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paula ascenção sousa. a minha religião é o amor. cresci católica, descobri-me missionária. acredito e vivo o amor sem rótulos, sem barreiras, para todx. vivo do amor, por amor e com amor e para amar.
Dizem que a vida devolve tudo que o lhe damos. Então se podes escolher o que ser, sê tu. Os outros já existem. Tu és a peça que falta neste puzzle de amor. Quando te compreenderes peça de um puzzle maior.
Podia dizer-vos que é fácil deixar tudo e partir. Não é. Não fica. Nunca será. Mas vale a pena. Podia dizer-vos que não te tira muito de ti, que não te faz sofrer, que não dói e que não magoa. Mas dói, faz-te sofrer e magoa-te.
Cheguei à missão tal e como sou. Deixando tudo para trás, cheguei aqui com medo, insegura e frágil. Não sabemos o que vamos encontrar. Vir em missão exige uma entrega tamanha quando não sabes muito bem se és capaz de a fazer.
Caídos no chão vemos o céu. Uma vez ensinaram-me que cair era uma oportunidade para ver melhor o céu. Eu perguntava-me na minha inocência:“preciso mesmo de cair para ver o céu?”
Há muita coisa que não nos dizem sobre o amor, sobre a vida e sobre os sonhos. Não sei se para não nos assustar, se para nos poupar ou se para não nos fazer sofrer. Os sonhos valem a pena mas precisamos de ser crianças sempre.
Nunca regressamos dos sítios onde amamos. Não se trata somente da felicidade. Não se trata somente do amor. É mais que isso. É a entrega. É o quanto de mim deixei aqui e o quanto eu precisei de estar aqui para crescer, evoluir e ser melhor pessoa. Talvez tenha errado muito. Talvez tenha cometido
A missão muda-nos. A missão muda-nos começando pelo avesso. A missão não se trata somente de encontrar a outro, de encontrar a Deus ou de encontrar o amor. A missão faz-me encontrar-me. Cada passo que dou ao encontro do outro é um passo que dou na descoberta de mim, de Deus e da imensidão do seu
Desapega que a vida flui. Só mudamos quando deixamos espaço dentro de nós para outras coisas, novas, diferentes e distintas de tudo o que vivenciámos até agora. Precisamos de deixar-nos mudar e adaptar. Mas quão difícil é ficarmos permeáveis à realidade quando há nossa volta a vida é dura,
Os amigos, quando verdadeiros, não são âncoras como dizem tantas vezes, são como asas que nos ajudam a voar mais longe rumo a novos horizontes, rumo a novos paraísos. O amor deixa a porta aberta. Amar é deixar a porta aberta:
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