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Estávamos a poucas horas da inauguração dos painéis da autoria da Ilda David quando o Manuel, sentado diante da imagem de S. Vicente de Paulo, de caneta esmeril na mão disse, no seu habitual tom despreocupado: «o que é preciso é fazer sem hesitar».
No domingo passado, começamos a ler o relato da “jornada de Cafarnaum” (cf. Mc 1, 21-34), exemplo concreto de como Jesus vivia, falando do reino de Deus e fazendo sinais que o anunciavam. E hoje o relato continua...
Na sinagoga de Cafarnaum, Jesus libertou pela manhã um homem possuído por um espírito maligno. Agora se diz que sai da «sinagoga» e parte para a «casa» de Simão e André.
AINDA A «JORNADA DE CAFARNAUM», E JOB, O HOMEM QUE DÓI
Assemelha-se ao interminável trabalho das funções domésticas. Todos os dias se transforma a matéria-prima numa refeição, lava-se, limpa-se, arruma-se e passa-se a ferro. Sabemos que o ciclo agora terminado é o princípio de um outro, numa espiral de ciclos sem fim.
Como um dia era vivido por Jesus? Ele pregava e ensinava, encontrava-se com as pessoas libertando-as do mal e curando-as, rezava. Depois, certamente havia um tempo e um espaço para comer com os seus, para estar com sua comunidade e para ensiná-la como era preciso viver para acolher o reino de Deus
Segundo Marcos, a primeira atuação pública de Jesus foi a cura de um homem possuído por um espírito maligno na sinagoga de Cafarnaum. É uma cena impressionante, narrada para que, desde o início, os leitores descobrem o poder de cura e de libertação de Jesus.
«Eis que faço novas todas as coisas» (Apocalipse 21,5), diz Deus. De tal modo novas, diz Deus, que ninguém pode dizer: «Já o sabia» (Isaías 48,7).
Quais foram as primeiras palavras que ouvimos? Escutados desde no ventre materno, quando é que aqueles sons ganharam corpo e sentido? Primeiro foram as vozes, as melodias, os ruídos que se diferenciavam.
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