Desafios da fé: num desassossego sossegado
Longe da vista mas perto do coração. Bonitas palavras que na hora do aperto nos servem de conforto, mas não confortam por inteiro. Há sempre um vazio que não é preenchido. Mas também há a ligação forte àquele lugar e àquelas pessoas que nos fazem sempre sentir em casa, mesmo quando não estamos. Vivo em sossego com o que escolhi e com a certeza deste amor maior que recebo diariamente, de várias direções.
Mas o que vejo em meu redor desassossega-me. É uma loucura em que todos se parecem entender. Desorganizado para uns mas entendível para outros. O pobre e o rico, o luxo e a simplicidade, a pressa e a calma, a dança dos motores na estrada e o cantar das buzinas, o sorriso fácil e o espírito aberto, gente e mais gente. São terras de contrastes felizes as que vejo deste lado do mundo.
E neste meu sossego interior, que cultivo diariamente, tento que o desassossego à minha volta não entre. Fecho-me. Estou “off” para várias coisas que tentam conectar comigo: pensamentos negativos, más influências, julgamentos e mexericos. Estou “on” para a paz interior, a natureza, a espiritualidade, o bem. Sempre o bem. Acredito cada vez mais na corrente da bondade e sinto na pele a reciprocidade e generosidade da vida.
Neste desassossego sossegado onde parecia muito difícil ou impossível, encontrei conforto e no meu longe fico mais perto.