«…que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.»

Crónicas 6 maio 2018  •  Tempo de Leitura: 5

O que é o Amor?
Quando falamos de Amor não há quem permaneça indiferente.
Uns colocam aquele ar malandro e afirmam-se como grandes conquistadores e especialistas…
Outros fazem aquele ar feliz de quem já sentiu o coração a sair pela boca…
Há quem fique com a lágrima da saudade no canto do olho…
E… Quem fique de rosto caído, pois procura e não encontra… ou, quer ser apenas o encontrado!

 

Amar é falar com um olhar… é olhar com um sorriso… é sorrir com um abraço… é abraçar com palavras!
Há um ciclo vicioso que caminha à volta do Amor e que nos abandona sempre no mesmo lugar,
mas com mais riqueza, com mais felicidade e a querer mais e mais Amor!
As atitudes são a prova de que o Amor é visível, tem cheiro e até pode levantartoneladas infinitas de solidão…
O gesto: “Prostrar-se por terra!” não faz sentido neste ciclo.
Ou será que é a base de todo este movimento? Custa-nos engoliro termo “prestar vassalagem”
Então, Amor e Serviço permanecem longe um do outro!

 

Naqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés.
Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te, que eu também sou um simples homem».
Eis um gesto de Amor mútuo… e aqui o “curvar-se” é permanecer no Amor e
«Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.»
Então… Como podemos conhecer Deus? Como podemos encontrar o Amor?
Entramos neste carrocel que anda à volta e à volta… sem parar! E o que era diversão torna-se agora confusão…

 

Hoje, no 6º domingo da Páscoa do Ano B,
Aquele que Deus «enviou (…) como vítima de expiação pelos nossos pecados» revela-nos um pequenito segredo:
«Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;
mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai

 

Hoje, a mentira do viver sem Amor é aniquilada!
Como posso eu achar que ao curvar-me perante um homem ou uma mulher, me estou a escravizar?
Não é esse Ser,Amigo de Jesus? Não é essa criatura,divina como eu? Não ouvirá o Pai a sua voz, como ouve a minha?
Hoje, eucurvo-me, perante qualquer um de vós, com Amor… e cada um de vós irá correr para me levantar!

 

Como a mãe ama sem distinção, sem acepção, todos os seus filhos, Deus ama-nos!
Neste Amor infinito que nos envolve, que nos faz escutar e entender, até,
as mais duras palavras que a nossa mãe nos dá,
saímos ressuscitados de mais um tornado que nos cinge contra outro Sersemelhante a nós.
A violência que gera mais violência é a mentiraque comanda o mundo, quando eu temo
«Cantar ao Senhor um cântico novo  pelas maravilhas que Ele operou»e assim…
desafio o Amor de Deus com essa forma libertina de viver a minha liberdade!

 

No domingo dedicado à mãe,
S. João Evangelista recorda-nos a importância do SIMdestas mulheres:
«Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça.»
Somos fruto do Amor… como podemos dizer que desconhecemos Deus? Que ainda não encontramos o Amor?
No entanto, afirmar que somos especialistas… é também um pouco por demais,
pois neste “Amar de Deus” não há quem saiba mais do que o outro… não há quem ame mais do que outro!
Há formas diferentes de expressar e permanecer nesse Amor!

 

Hoje, calço os meus sapatos de saltos altose curvo-me perante o Amor de uma forma elegante e humilde!
Com a certeza de que a minha alegria ao servir e ao prostrar-me, será semente de Esperança que desperta
mais e mais frutos com aquele sabor arrebatador a Amor… que só Deus e eu…tu e eu… tu e Deus conhecemos!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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