XI Domingo do Tempo Comum - Ano B
Haverá maior beleza para contemplar que a história da semente?
O grão pequeno e sem sentido… que não respira…
que não é frio nem quente… mas que gemina e dá gente!
Histórias antigas contam que sem este humilde ser,
o mundo seria deserto, e impossível sobreviver!
Não sabemos se foi o homem quem pediu a Deus
a sua maravilhosa criação…
Apenas sabemos que a terra é mãe
que acolhe a semente no seu coração!
Como qualquer sementinha boa e capaz de amar,
morre para dar fruto… morre, em todos os sentidos,
para ser majestosae a TODOS abrigar!
A ideia de ser uma árvore bela fascina-nos.
Nos dias de verão a sua sombra é acolhedora e fresca.
No outono a sua folhagem veste-se de cores fortes e quentes que nos fazem brincar com o vento,
que carinhosamente sopra para as fazer cair e reveste o chão frio à sua volta com o habitual crick crack.
No inverno a sua nudez não nos espanta nem nos incomoda.
Pelo contrário… Desperta-nos a Esperança de que a primavera está próxima
e uma nova folhagem mais firme e forte está para chegar!
A maravilhosa obra Divina deslumbra os nossos olhos
e mesmo assim, permanecemos indiferentes e esquecemo-nos do quanto:
«É bom louvar o Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade e durante a noite a vossa fidelidade.»
A Liturgia do 11º domingo do Tempo Comum, do Ano B,
atira-nos para cima da mesa um projecto que podemos abraçar!
«A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.»
A nossa missão é confiar inteiramente no Deus que nos dá a vida, e colher o fruto abundante e saboroso!
Na nossa mão está a foiceque nos faz partilhar o pouco que temos, com aqueles que podem ter muito,
e não sabem o que é ser: «grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta!»
Se Jesus falasse HOJE aos jovens,
diria que o Reino dos Céus é semelhante a uma Pen Drive,
que ocupa ¼ da palma da nossa mão
e tem a capacidade de armazenar 8 GB
de informações importantíssimas, para @ um de nós…
Perder uma Pen, nos nossos dias, é perder trabalho árduo ou perder memórias que nos inundam de felicidade…
Pertencer ao Reino de Deus é um doar constante e sem condição.
O Reino de Deus semeia no peito de cada um de nós uma felicidade própria de quem abraça o Evangelho,
do Cristo que falava em Parábolas, do Messias que nos ligava à terra com sementes, do Salvador que morre e
se transforma no Cedro do Líbano, que habita bem no cima da Montanha, onde Deus o plantou!
Vamos edificar um campo de árvores fortes,
onde «…todas (…) hão-de saber quem é O Senhor!» Onde«…caminhamos à luz da fé e não da visão clara!»
onde amamos a semente pequena e humilde que nos deu o SER…
onde o Reino dos Céus é a Penque não queremos jamais perder!