Papa Francisco: o desinfestador
Nestes últimos dias foi aumentado e confirmado o "ataque" interno ao Papa Francisco. Não é que o Papa Francisco necessite de defesa, mas esta semana foi destapada a pouca vergonha que restava à linha conservadora que ateima em denegrir tudo e todos.
O Cardeal Carlo Maria Viganò que tinha sido desmascarado por ter escondido durante anos e anos diversos casos de abusos sexuais e inclusive decidiu encobrir algumas dessas provas, veio desta vez alegar que o Santo Papa há muito sabia dos abusos cometidos pelo ex-Cardeal Theodore McCarrick.
O que esta ala conservadora tem feito não é uma definição de ideias daquilo que a Igreja poderia ou não ser. O que esta ala conservadora tem feito é, nada mais nada menos, que uma constante opressão e demonstração de medo da mudança que a Igreja pode ter.
Eles têm medo que a sua riqueza desapareça. Eles têm medo que os seus poderes se acabem. Eles têm medo de que o seu maior "ouro" seja somente o amor ao próximo. Eles têm medo de que as maiores mordomias sejam a entrega plena àqueles que tanto necessitam. Eles têm medo que a Igreja olhe para todos e de igual forma. Eles receiam que a Igreja de Cristo se torne verdadeira "hospital de pecadores", porque não têm capacidade para se reconhecerem como tal.
O que o Papa Francisco tem feito não é uma mudança radical. O Papa Francisco tem dado a oportunidade de que o Mundo possa ser escutado pela Igreja de Deus para que, não perdendo a Sua santidade, possa atender às necessidades de todos. Para que, não perdendo a Sua glória, possa chegar a tantos homens e mulheres de coração destroçado e cheios de "sede" do amor oferecido por este Deus revelado em Jesus Cristo.
O Papa Francisco, com a sua humildade e frontalidade, tem aberto as portas da Igreja para que o "mofo" que existe dentro dela possa sair e assim dar lugar aos puros de coração. É certo que esta Igreja Santa, governada por pecadores, continuará a ter grandes pecados, mas para permanecer Santa deve reconhecer os Seus erros, denunciar esses mesmos erros e partir em busca do perdão.
Tenho a plena convicção de que o Santo Papa sonha com uma Igreja em que os Cardeais, Bispos, Sacerdotes e Seminaristas tenham "cheiro a ovelha" para que assim junto dos seus "rebanhos" possam dar testemunho do Evangelho. Um Evangelho que não condena ninguém, mas que está próximo e pronto para fazer caminho.
Queira Deus que o Papa Francisco consiga colocar no meio dessa ala mais conservadora a certeza de que a Igreja, sendo pecadora, deve ser "hospital de pecadores" e não um "museu de santos".