XXXI TC: «Deus é único e não há outro além d’Ele.» - Ano B

Crónicas 3 novembro 2018  •  Tempo de Leitura: 5

Aproximação…
Estar ao pé de Ti e ver até o calor do Teu respirar… sentir o bater do Teu coração sem Te tocar!
Escutar o eco de sentimentos maiores no Teu peito e agarrar uma alma com a sua beleza e qualquer defeito!
Ser para Ti, o que eu sou para Ti e permanecer, terna e eternamente, ao Teu lado,
para não ser um ausente deste meu futuro que nasce de um passado por Deus marcado!
Fica por perto! Fica próximo! Para que em Ti eu nada seja, e nada serei em tudo o que sou por Ti.
És Tu que és Tudo! E neste nada… eu sou apenas um instrumento de Amor que aceita ser por ti chamada!

 

Este “ser próximo” de alguém é o que nos faz feliz. É o que nos aquece o coração e nos marca para toda a vida!
Deus quer essa Aproximação para todos os Seus Filhos e certifica-se que cada um de nós Ame o outro;
sem que esse Amor se transforme em asfixia, em escravidão, em Amor sem lei nem respeito:
«Temerás o Senhor, teu Deus, todos os dias da tua vida, cumprindo todas as suas leis e
preceitos que hoje te ordeno, para que tenhas longa vida, tu, os teus filhos e os teus netos. 
Olha bem para quem está próximo de ti. Olha bem para quem vive ao teu lado. Olha bem…
Dentro desse humano, que estás a ver, existe um ponto de interrogação por todas as formas com que o ignoras.
Existe uma exclamação por todos os “Bons dias!”que gratuitamente semeias.
Existe um ponto final, no frio que sente, por todos os sorrisos que esboças.
És tu quem se aproxima… és tu o próximo desse alguém!
Não esperes que venham ter contigo… vai tu! Sê tu o próximo. Sê para os outros o que O Cristo é para ti:
«…permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno. Por isso pode salvar para sempre
aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles.»

 

Hoje, a liturgia do 31º domingo do Tempo Comum, do Ano B, está tão próxima de cada um de nós que,
se permitirmos que o nosso coração A acolha, transformar-se-á em realidade plena e eterna, para mim e para ti!
Não é fácil amar… Mas, o MESTRE diz-nos: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo.»
Será que te Amas, verdadeiramente? Será que sabes amar quem és? (És Filho de Deus!)
«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma,
com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.»
Será que Amas a Deus? Será que conheces Deus para O Amares, verdadeiramente? (Deus é Teu Pai!)

 

Hoje, precisamos de mais “Escribas” audazes.
Alguém capaz de perguntar como é a lei, para entender o Amor que Deus é…
o Amor que Deus alberga e esbanja por ti e por mim.
O amor que Deus quer que tu sejas para mim… esse mesmo Amor que quer que eu te ofereça.
Olha o coração de quem passa por ti, todos os dias no caminho.
Nesse peito habita uma luz que pode acender a Tua Luz.
Basta que descubras e aceites que é Deus quem faz pulsar o sangue e chegar o ar aos pulmões desse corpo…
Caminhas? Vês? Ouves? Falas? Sentes? Tens VIDA? SIM! …e então?!!!
Estás aqui para Ser Missão de Esperança na Vida de um outro Ser que também é como tu.
e…quando esse Amor pelos outros e por Deus ficar pesado como um holocausto, como um sacrifício, grita bem alto:
«Eu Vos amo, Senhor, minha força,  minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador, 
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança, meu protector, minha defesa e meu salvador.»
e tudo será nada… porque Deus está bem pertinho de ti. Deus será sempre o Teu próximo.
O Teu Amor mais que perfeito, pelo qual baterá o teu peito… E habita em quem está ao teu lado!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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