Uma Igreja jovem
No final do mês de outubro (27.10.2018) a Igreja do Porto viu ser-lhe atribuída um novo bispo auxiliar.
D. Armando Domingues tem 61 anos e faz com que a média de idades do episcopado portuense seja bastante jovem, senão vejamos: D. Manuel Linda (62 anos), D. Pio Alves (73 anos) e D. António Augusto Azevedo (56 anos). Como podemos verificar, no que toca a idades, a Diocese do Porto está efetivamente a rejuvenescer, mas não pode ficar somente pela idade dos seus bispos. A sua forma de ser e de estar deve permanecer eternamente jovem como Jesus Cristo.
A igreja do Porto está a rejuvenescer e, por isso, deve ir ao encontro de todos. Precisa de abrir as portas a crentes e não crentes para que ninguém fique de fora. Precisa de abrir as portas para que não ganhe mofo, nem se deixe fechar para o mundo. Precisa de abrir portas para que aqueles que entrem possam encontrar na Igreja o testemunho ideal de quem vive aquilo que proclama, mas este não é um serviço apenas da Igreja do Porto. Este deve ser o serviço e o lema de toda a Igreja. Sair de si mesma, aceitar que pode estar no mundo e mesmo assim dar o céu a quem lhe procura. A Igreja tem de ser missionária usando aquilo que de melhor tem para que não andemos à deriva. Precisa da coragem e da irreverência da juventude para conseguir fazer as mudanças necessárias sem ter problemas de abordar as suas fragilidades, nem de discutir olhos nos olhos as problemáticas que estão presentes no nosso quotidiano.
A Igreja Católica tem de partir para o mundo levando o Céu naquilo que diz e faz. É estando na terra que pode alcançar o Céu, pois é aqui que se vive e que se testemunha a aderência de uma fé em plena liberdade. Hoje, mais do que nunca, o mundo espera e anseia por uma presença leal e de verdadeira autenticidade por parte da Igreja Católica. Para isso, necessita de uma vez mais reconhecer os seus pecados, precisa de se tornar materna para que saiba acolher e dar vida e por último tem de se tornar eternamente jovem para saber receber e viver a novidade colocando em tudo o que diz e faz a mensagem de um Deus que é amor e que foi tão bem revelada pelo Seu Filho muito amado, Jesus Cristo.
Colocar-se como Igreja jovem é ter a humildade de aceitar que existem novas formas de estar no mundo, mas é também dar a conhecer a todos os povos a eterna novidade: um Deus que é Pai com entranhas de mãe! Esta é a maior de todas as mensagens e nunca ficará fora de moda, nem se tornará uma vulgaridade.
A Igreja, sabendo colocar amor e serviço, em tudo o que diz e faz, conseguirá alcançar a eterna juventude revelada em Jesus Cristo!