Esperar na esperança
Iniciamos neste domingo um novo tempo. Um tempo para se ter tempo.
Inicia-se o Advento e entraremos, assim, num tempo de espera. Num tempo em que andaremos de esperanças sobre aquela que é a nossa maior esperança. Estaremos em espera para que possamos entrar no verdadeiro Natal.
Esperamos com essas luzes cintilantes e com toda a magia Aquele que irá incarnar. O divino que sendo O Verbo entrará na humanidade para se fazer presente em tudo e em todos, mas para isso temos de esperar.
Necessitamos deste tempo de espera para que possamos perceber de que forma é que Ele pode entrar nas nossas vidas. Precisamos deste tempo de espera para percebermos a Sua importância nas nossas vidas. Temos, efetivamente, de esperar, para que contra a corrente do instantâneo, imposta pelos dias de hoje, possamos dar o que somos e o que temos Àquele que será a Luz do Mundo.
Esperar pelo Natal é ter a capacidade de, no meio de tanta azáfama, colocar o verdadeiro sentido de todo este tempo no centro das nossas vidas. Saber esperar e apreciar cada dia do advento é sabermo-nos colocar no meio de uma história que foi tudo menos um conto de fadas. Saber esperar para perceber que Deus cumpriu, uma vez mais, com a Sua promessa. Saber esperar para que nos possamos sentir verdadeiramente amados por um Deus que nunca se cansa de esperar.
Agora é o nosso tempo. Agora é a nossa vez de esperarmos pelo Deus que está!
Esperemos por Ele e esperemos também uns pelos outros para que a mensagem do Natal seja passada na partilha, na comunhão e na simplicidade da nossa humanidade.
Tenhamos a audácia de neste novo tempo andarmos efetivamente de esperanças, para que em toda esta espera surja em nós uma nova vida. Uma vida renovada pela paz e pelo amor que nos será revelado por este menino Jesus.
Dirijamos as nossas forças e os nossos olhares para o que verdadeiramente conta e, assim, não deixarmos que este tempo seja só mais um, mas seja, isso sim, o tempo de uma tão grande esperança!