Há quem festeje a nossa vida todos os dias. Anda por aí a dar bom nome à nossa existência concedendo a sua Graça de graça. Percorre connosco os caminhos das nossas dúvidas e das nossas dores e fortalece-nos com a sua presença reconfortadora e cheia de vida.

Há quem festeje a nossa vida todos os dias. Há quem a bendiga com o seu amor eterno desenhado por entre as encruzilhadas do nosso caminhar. Faz da nossa vida a sua maior obra, a sua verdadeira vida. Não consegue ter olhos para mais nada. Não consegue deixar de se abandonar em nós. Por onde passa lança promessas de uma vida em pleno e os seus dias são passados a rezar a sua alegria em nós.

Há quem festeje a nossa vida todos os dias. Há quem lance, no Céu e na Terra, foguetes de misericórdia e de compaixão para que possamos levantar para sempre o nosso olhar para o alto. Celebra a nossa vida como ninguém e por isso nos convida a unir e a reunir à volta da sua mesa, onde a comunhão sabe sempre melhor. Convida-nos a entrar em sua casa, a sentarmo-nos e a deixarmo-nos estar na sua presença. Convida-nos a ficar e a partilhar a nossa vida: quer escutar-nos, quer rir-se de nós e connosco, quer chorar e deixar-se humedecer com as nossas vivências, quer abraçar-nos e sentir o nosso coração enquanto lhe falamos deste nosso dom.

Há quem festeje a nossa vida todos os dias. Falando de nós, com os olhos cheios de brilho, ao seu Pai. Dizendo-lhe que somos a sua cara chapada mesmo quando isso não se nota. E fala-lhe como nos reerguemos em cada nova oportunidade dada por si para que também nós festejemos a nossa vida.

Há quem festeje a nossa vida, em silêncio, todos os dias, mas que, ao mínimo sinal da nossa presença em sua casa, larga tudo e alarga-se por completo num eterno banquete!