V Q: «Senhor, o teu amigo está doente. (…) Lázaro morreu…» - Ano A
A nossa humanidade faz-nos pecadores desde o berço!
A nossa forma de ser homem e mulher faz do mundo um local triste e frio!
A nossa condição de barro e de pó da terra arrasta-nos para um caminho sem luz…
e o medo da jornada abalroa-nos a Fé e a Esperança!
É hora de aceitar a nossa missão de Baptizados…
É tempo de Acreditar que somos de Deus…
Que somos Seus Filhos e que o Seu Santo Espírito habita em cada um de nós!
O anúncio da morte entra pelas nossas casas diariamente e sem pedir licença…
Ficamos com os olhos em lágrimas, com o coração partido e o temor apodera-se do nosso discernimento.
Queremos que tudo passe… que a morte se afaste de cada um de nós!
Queremos um encontro interior com o Senhor da VIDA…
Caímos por terra, pedimos perdão por nos afastarmos Dele e colocamos a nossa VIDA nas Suas Mãos.
Então, sentimos o poder de Deus em nós e um suave vento afaga-nos o rosto.
Hoje, a Liturgia do 5º domingo da Quaresma, do Ano A,
toma-nos no seu colo e leva-nos para um lugar seguro,
onde não há tristeza, nem doenças, nem morte.
Onde temos um Deus que habita no meio de nós e sente como eu e como tu:
«Jesus, ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela,
comoveu-Se profundamente e perturbou-Se.»
O Cristo, que é humano, nunca duvidou do Seu Pai.
Agradece SEMPRE, numa profunda obediência, e por TUDO o que a vida lhe reserva:
«Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido.»
Tudo o que Deus já fez por cada um de nós deveria ser suficiente, para acreditarmos que está connosco.
Não podemos desesperar! É urgente lutar contra o medo… aquele medo do sofrimento e da morte.
Um Cristão que não crê na Vida eterna e na Ressurreição, é um simples humano, que dorme e não quer acordar.
À ordem do Mestre: «Tirai a pedra». devemos rasgar o nosso coração e libertar o Espírito Santo que nos habita.
O túmulo, que é o nosso corpo, não pode aprisionar a beleza do Amor que nos une ao Pai.
O nosso tempo não é o de Deus.
O nosso pensamento,
quando se afasta do Senhor, deixa de ter vida, de ter esperança, de ter amor…
O Pai permanece em silêncio!
Bem sabe que, no profundo do nosso abismo, ansiamos aquele olhar de Misericórdia.
Aguarda, carinhosamente, que peçamos ao Seu Filho, como Marta o fez,
e quer escutar da nossa boca a profunda e bela profissão de Fé:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo»
Ontem, hoje e mais forte que nunca: Deus vem até nós e ressuscita a nossa vida!
Vamos Acreditar que um novo mundo irá surgir!
Vamos semear Esperança no peito dos desanimados…
Vamos reconhecer a Glória do Senhor e SER LUZ, VIDA, ALEGRIA e FÉ
à imagem e semelhança de Jesus de Nazaré!