XVIII TC: «…deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra.» - Ano A
Para alguns de nós é urgente mudar de ar…
Para outros seria iminente encontrar o pouso certo!
Diariamente, apercebemo-nos que o tempo foge, como o mar escapa pelos grãos de areia.
Estamos cansados e sentimo-nos oprimidos… Desiludidos!
Mas, há algo que nos une:
A busca incessante pela felicidade, que ainda não descobrimos nem definimos,
apenas queremos muito encontrar, possuir, ser…
O dinheiro comanda a vida! Não podemos negar… e assim o julgamos nós!
Trabalhamos para que não falte o pão, mas gastamos o que adquirimos em tantas coisas que não saciam a nossa fome.
Numa felicidade que em segundos termina e nos deixa o estômago a roncar…
Viramos então a cabeça para o alto, perdidos e até chateados, porque a tristeza voltou ao nosso coração.
É aí que o estalar de dedos nos desperta.
Deus, que possui a generosidade na palma das mãos, vem em nosso auxílio com o único alimento,
totalmente gratuito e capaz de saciar a nossa fome: O AMOR!
Aquele forte fruto que nasce da árvore do Cristo e
termina com “a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo e a espada.”
Quem ama ficará, eternamente, saciado!
Hoje, o 18º domingo do Tempo Comum pinta-nos um cenário deserto e afastado,
onde o Messias, triste com a morte de Seu primo João,
se enche de compaixão, cura os doentes e termina com a (nossa) fome.
No deserto do nosso viver atarefado ou melancólico,
a fome traz-nos à lembrança o sabor do pãozinho fresco pela manhã,
que queremos só para nós…
Agimos como os discípulos de Jesus e
mandamos embora aqueles que precisam Dele e O seguem!
A ordem do Mestre: «… dai-lhes vós de comer.» é um eco que estremece o nosso peito!
É a força da Boa Nova que brota da terra e, como trigo que nasce, traz alento e alegria!
Então, entendemos que sem a partilha deste Pão, que é Jesus na Sagrada Eucaristia,
a felicidade não nos invade o corpo, nem a mente, muito menos o coração!
Alguém tem algo para comer hoje?
Vamos sentar-nos juntos…
Ao pé do mar, no cume da montanha, no campo mais puro, na planície dourada…
Com o amigo que sofre com uma doença, com a vizinha que perdeu um ente querido…
No banco da igreja em oração…
No sofá da sala com a avó, no jardim com o primo mais novo, à mesa com os filhos…
Vamos partilhar este Amor que vem de Deus, que nos sacia a fome de tudo e de todos…
que nos faz Amar e sentirmo-nos amados…
Não será assim a Felicidade plena?