XIX TC: «Ao cair da tarde, estava ali sozinho.» - Ano A
Solidão e silêncio. Espera e obediência. Oração e alegria. Verdade e encontro.
Fé e desprendimento. Salvação e Cristo. Entendimento e Espírito Santo. Amor profundo e Deus.
Pequenos passos a seguir para que a nossa vida caminhe sobre as águas deste mundo.
A nossa Alma espera na Palavra do Deus vivo e o mistério é desvendado!
Onde há confusão e barulho a nossa mente não consegue discernir e cai em desalento.
Precisamos conhecer o nosso íntimo para reconhecer o bem que vem de Deus e o mal que habita no mundo!
Saber esperar no Pai e confiar inteiramente nos Seus sinais divinos
faz de cada um de nós Seus filhos muito amados que aguardam a salvação.
Quando vivemos na verdade o nosso peito abre-se ao Seu Santo Espírito, é bafejado pelos Seus dons
e a nossa vida sofre uma metamorfose.
Ao escolhermos o caminho que o Senhor nos apresenta,
ganhamos belas asas e nem as tempestades mais duras nos atormentam.
Hoje, a liturgia do 19º domingo do Tempo Comum, do Ano A,
estende-nos a mão e segura-nos com ternura.
Jesus, O Mestre, que sente cada nuvem preta que nos atormenta o coração,
envia todos os sinais (sonoros e visuais) para acreditarmos na Sua presença física na nossa vida.
Neste exacto momento somos como os discípulos que:
«…vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que era um fantasma.»
Jesus está vivo entre nós. É urgente que esta certeza atravesse oceanos!
Um mergulho na imensidão do mar traz-te a força do sal!
A subida de uma montanha inunda-te com a brisa do vento!
A chuva quando cai na terra árida mostra-te a força da terra!
A natureza inteira fala-nos deste Homem!
Deste Messias que veio para habitar e governar o Universo para todo o sempre:
Jesus o Filho de Deus, o nosso irmão.
Sim… Tu e eu somos Filhos do Senhor que criou cada estrela do Céu…
cada pedra que o riacho contorna… cada passarinho que canta…
cada irmão que ainda não O conhece,
porque tu e eu ainda não entramos no barco que tem de chegar à outra margem…
Tu e eu… duvidas? Tens medo? Eu tenho… confesso!
O Cristo, triste com o medo que sentimos, diz-nos: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Duvido, porque a tempestade do mundo em que vivemos não me deixa ver os sinais divinos!
Duvido, porque não sei obedecer à ordem do Pai e sigo um caminho anátema (longe do Cristo).
Duvido, porque não quero ser EU a caminhar sobre as águas!
Duvido, porque a noite e a solidão, a oração e a Tua Palavra são árduas!
«Salva-me, Senhor!», a minha Alma precisa ser salva da minha falta de Fé…
«Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».