Não há quem goste de perder.
Quando nos desaparece algo, por mais insignificante que seja, ficamos aborrecidos.
Até algo tão banal como o tempo, se o perdemos sem sentido, provoca em nós, aquela mágoa:
“Eu podia escolher melhor e devia fazer mais…”
Como resultado deste aperto no coração, corremos atrás do que perdemos, sofregamente!
É esta a atitude de quem tem Fé! Não desiste nem esmorece!
Arrisca e segue caminho, porque quando o coração fala à mente só pode vir de Deus!

Muitas vezes, persistir torna-se extramente cansativo.
É neste desânimo que nos interrogamos se devemos ou não continuar…
Mas, é nesse momento que temos de discernir, se o que queremos é para que a justiça se faça.
e… se assim é… basta a certeza de que a salvação de Deus está próxima!
Viver a Fé tão intensamente leva-nos a pedir a Bênção do Pai e a sentir,
até nos momentos mais dolorosos, a ténue luz de Deus através da Sua Palavra!
Então, aceitamos ser obedientes até ao tutano, para que a misericórdia do Senhor nos consuma até ao fim!
Perseverar sempre nesta lógica Divina, que tantas vezes é contrária à nossa,
é onde reside a força da nossa Fé!

Hoje, o Evangelho do 20º domingo do Tempo Comum, do Ano A,
prostra-se perante a adversidade do mundo, perante as nossas raízes, perante a nossa Fé!
Jesus, que foi «enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel»,
não fica indiferente à capacidade de uma mulher que é movida por uma dor incomparável.
Uma mulher que suplica: «Socorre-me, Senhor».
A este grito o Mestre tenta afastar-se…
mas, perante tamanha insistência, a Sua compaixão é imediatamente ligada:
«Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas».

O que nos salva é a nossa Fé, demonstrada em cada gesto de Amor que temos.
Esta mulher, sem nome, sou eu e tu…
não pede para ela… implora pela filha!
Haverá maior gesto de Amor?

E… Se por ventura, perdermos a Fé… não desistir (nunca) de a encontrar!!!