XXIV TC «Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro...»

Crónicas 12 setembro 2020  •  Tempo de Leitura: 4

«Pelos membros desta assembleia celebrante
para que ponham em prática a mensagem de Jesus sobre o perdão…»

Tudo o que a vida reflecte de mais belo, não foi conquistado por nós…
Tudo o que faz a nossa vida ser algo mais do que 24 horas vezes sem conta, não é obra nossa…
Este “Tudo” vem de Deus e é Dele e para Ele!
Com o Pai vem a Alegria! E… só há alegria quando damos o Perdão!

 

«O rancor e a ira são coisas detestáveis, e o pecador é mestre nelas.»
O maior pecado que traz amargura ao nosso coração é o rancor!
O Rancor dá lugar à ira. A Ira prende-nos o sorriso… Bloqueia-nos o fluxo sanguíneo… Sentimo-nos sem ar!
«Não está sempre a repreender, nem guarda ressentimento.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as nossas culpas.»
Permitir que o Perdão fique encurralado, gera um ressentimento que nos castiga duramente!
Deus, de forma alguma, aceita que os Seus filhos fiquem presos ao mal.
Ele é misericordioso e ensina-nos a dar o Perdão!
«Se vivemos, vivemos para o Senhor, e se morremos, morremos para o Senhor.»
Não podemos viver na escravidão dos maus sentimentos, porque essa vida não é do Senhor nosso Deus.
É essencial gravarmos na mente, que o corpo só está saudável,
quando a Alma está livre de qualquer sentimento que faz os nossos olhos chorarem!

 

Hoje, a liturgia do 24º domingo do Tempo Comum, do ano A,
traz-nos a vacina para todos os males: oferecer o perdão!
Às questões de Pedro: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?»
Jesus responde matematicamente: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.»
MAS, vai muito mais além! Aplica uma parábola com reis e servos, para que a dúvida se dissipe para todo o sempre.
Fala de compaixão! Apresenta-nos a resposta Divina e a resposta humana.
Arremata com a advertência:
«Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».

 

O Mestre é o reflexo mais intenso da compaixão de Deus, nosso Pai.
É nos passos dO Cristo que devemos incidir os nossos.
Assim, a nossa caminhada será muito mais frutífera.
Jesus ao oferecer sempre o perdão,
restaura a humanidade inteira no Amor mais puro.
Ao apelo de Jesus: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.»
Seremos capazes de responder como O Messias?

 

Irmãos e Irmãs, em Cristo…
do Alto da Cruz vem a salvação!
Conseguiremos imaginar a dor física de Jesus, naquele momento? E a dor espiritual?
Abandonado pelos amigos… rejeitado pela comunidade… julgado como um criminoso…
Decerto não… e mesmo assim, as Suas Palavras foram de perdão para aqueles que O mataram!

 

Do Alto da Cruz que cada um de nós carrega (que é a nossa vida)
vamos encontrar a força do Perdão!
Vamos acreditar que somos muito mais felizes quando perdoamos as ofensas a quem nos fere a felicidade.

 

Afinal, o que temos a perder?
O Pai recompensar-nos-á muito mais…
Teremos o Seu Perdão e sentiremos o Seu infinito Amor!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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