No fim de contas, o que é que conta?
No fim de contas, o que é que conta? Andas adormecido e não queres acordar para o que realmente te inquieta. É só mais um pouco. É só mais um dia, no entanto ainda nem começaste. Ainda nem te dedicaste a dar um único passo na descoberta daquilo que verdadeiramente te completa.
No fim de contas, o que é que conta? Sim, que contas tens vindo a apresentar a ti mesmo? Andas preocupado em ter a razão ou em fazer a união? Andas aflito com o mundo ou em possuí-lo a teu belo prazer? Andas em busca daquilo que momentaneamente te eleva ou desejas deixar que os teus atos elevem os outros? Andas stressado e agoniado com o quê? Com quem?
No fim de contas, o que é que conta? É certo que não podes virar tudo do avesso. E muito menos podes ignorar por completo a realidade que te assiste, mas isso não te pode impedir de seres melhor e de quereres mais segundo as medidas do alto. Não é um caminho fácil. Muito menos um trajeto sem quedas, mas é um trilho de libertação. Onde muitas vezes terás de ficar calado. Noutras terás até que perdoar quem não consegues ver. E em tantas outras, terás de perdoar o que foste e permitires que possas recomeçar. É este o caminho da liberdade que exige e que te pede a autenticidade.
No fim de contas, o que é conta? Não deixes que a falta de respostas te encha de medo. Nem te deixes paralisar por tudo à tua volta começar a parecer sem sentido, sem valor. Questiona-te calmamente. Vai dando valor àquilo que te deixa vivo. Vai reconhecendo em ti a beleza de te saberes ser sem precisares de ter.
No fim de contas, o que é que contas?