Tens sede de quê?
Tens sede de quê? Já te debruçaste verdadeiramente sobre isto? O que é que te deixa sedento? O que é que ainda não te deixa encontrar a frescura de uma vida permanentemente renovada? O que é que não te deixa clarificar tudo aquilo que és? O que é te impede de encontrar a luz e o brilho que se revela na tua humanidade?
Tens sede de quê? Não a poderás apagar enquanto não descobrires a sua origem. Não a conseguirás saciar enquanto não encontrares a fonte que tanto anseias. E é por isto mesmo que vais caminhando mais devagar. É por tudo isto que vais fazendo desvios na esperança de dares de caras com a água viva.
Tens sede de quê? Esta deveria ser a tua grande questão. Aquela que te levasse ao compromisso de te encontrares contigo mesmo. Sem mais desculpas. Sem correres por uma felicidade que se esgota pouco tempo depois. A sede que vive em ti não te deixa apenas inquieto e irrequieto. A sede que vive em ti também não te permite encontrar a felicidade plena e a paz que tanto desejas.
Um dia houve alguém que se decidiu ser água viva. Para ti. Para todos nós. E tornou-se água, porque é dEle que vem toda a frescura da vida. É dEle que surge o desabrochar de toda a criação. É dEle que vem toda a transparência que necessitas, não para te assustares, mas para te ires desvelando. E a Sua água é viva, porque nEle nunca te arrastarás pelas sombras da tua existência, mas caminharás, independentemente da tua condição, pela luz da Sua vida.
Tens sede de quê? Por muito grande que seja a tua sede, por muito grande que seja a tua indefinição permite, neste tempo de Quaresma, que Ele te banhe de cima a baixo!