Há feridas que não se fecham!

Crónicas 19 novembro 2021  •  Tempo de Leitura: 1

Há feridas que nunca se fecham. Vão permanecendo abertas como fendas na nossa vida. Relembram-nos o que fomos e o que nos tornamos por termos atravessado algo que não queríamos, ou por termos perdido o que nos dava um sentido. Um acreditar.

 

Há feridas que não se fecham. Fazem parte da nossa história e ficam de tal maneira marcadas em nós que parece que nem sabemos muito bem como lidar com elas. Muitas vezes preferimos fingir que não as temos. Outras vezes preferimos negar que as temos. E em tantas outras vezes deixamos que elas controlem a nossa vida.

 

O problema não está em termos as feridas. E muito menos que elas permaneçam abertas. O que pode dificultar a nossa vivência é a forma como lidamos com elas. É o que fazemos com elas!

 

Há feridas que não se fecham. E se calhar nem têm de fechar, porque são muitas delas que nos relembram o significado da queda. São muitas delas que nos recordam o valor de amar e ser amado. São muitas delas que nos fazem entender verdadeiramente o valor de nos darmos no perdão.

 

Há feridas que não se fecham. Há feridas que não se fecham porque esperam por um regresso a casa. Anseiam por um regresso junto d'Aquele que é fonte de toda a Luz.

 

Há feridas que não se fecham para que possamos, a partir delas, criar nova vida!

 

Hoje, antes de ignorares as tuas feridas, pergunta-te: quantas vezes deixaste florir nas tuas feridas a cor e a vida do recomeçar?

Nasceu em 1994. Mestre em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento Humano. Psicólogo no Gabinete de Atendimento e Apoio ao Estudante e Coordenador da Pastoral Universitária da Escola Superior de Saúde de Santa Maria. Autor da página ©️Pray to Love, onde desbrava um caminho de encontro consigo mesmo, com o outro e com Deus.

 

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