BAPTISMO DO SENHOR: «Escutar» - Ano C

Crónicas 8 janeiro 2022  •  Tempo de Leitura: 2

Quando a água fala todo o ser transborda de alegria.
Escutar o som indescritível de um riacho purifica o corpo, a mente e a Alma.
Os sentimentos deviam sair do coração, tão transparentes quanto a água da nascente.
As palavras seriam sinónimo de alegria, se regassem os campos e florissem os jardins.
Os gestos seriam multiplicados, se contornássemos os obstáculos e seguíssemos o decurso do rio.

 

Habitamos o planeta azul! A água é o bem que nos define.
O mar une os continentes e somos uma só Terra.
O serviço, a disponibilidade e a Paz definem o Cristão.
Que seja claro como água que onde há Amor, nascem estes gestos.
Unidos somos mais fortes!

 

Hoje, celebramos o Baptismo do Senhor
e o Evangelista Lucas relata-nos que S. João Baptista fala-nos do fogo com que o Messias nos baptiza.
Aquele Fogo que aniquila o pecado.
Palavras fortes que nos purificam o coração.
Então, uma humilde pomba esvoaça e os Céus rasgam-se, para que se escute A Voz:
«Tu és o meu Filho…»

 

Em Cristo fomos todos irmanados.
Eu e tu somos Filhos do Pai e por Ele somos amados, infinitamente.
Esta herança valiosa que carregamos no peito,
oferece-nos algo inexplicável: O Santo Espírito!
Aquele que habita em cada um de nós…
Aquele que une o Pai e o Filho em Amor.
O resultado desse tal Amor é a tua e a minha vida,
que existem e se cruzam para louvarmos o Senhor Bom Deus.

 

Querido e Bom Pai,
quero agradecer a minha unção baptismal
que desperta em mim a condição divina de Ser Tua Filha.
Que eu seja capaz de ser como a água pura
que serve sem hesitar cada criatura.
Que eu seja capaz de ser fogo
que ilumina a vida de quem por mim passa.
Grata por me sentir Tua Filha
ao rasgares a minha Alma com a força da Tua Palavra.
Grata pelo Amor com que acolhes
cada membro da Igreja do Teu amado Filho.
Grata pela luz do Teu Santo Espírito
que abre os olhos aos cegos e liberta os prisioneiros!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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