VIII Tempo Comum: «Impurezas…» - Ano C

Crónicas 27 fevereiro 2022  •  Tempo de Leitura: 3

Cada ser humano deveria nascer com um crivo…
Evitaria que o nosso corpo mortal se tornasse corruptível…
Seríamos como árvores de bons frutos…
Louvaríamos o Senhor, Nosso Deus, porque onde há Amor, nascem gestos!

 

Os Sonhos… as utopias…
permitem que, por momentos, ainda acreditemos que não somos uma espécie de impureza pura,
a deambular pela terra.
Somos criaturas magníficas que Deus, nosso Pai, criou para amar o outro.
Somos pontos de luz que não se iluminam, mas que guiam os que andam cegos pelo poder desmedido.

 

Hoje, a liturgia do 8º Domingo do Tempo Comum, do Ano C,
refina a nossa missão de Evangelizadores da Boa Nova e denunciadores do mal:
«O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem;
e o homem mau, da sua maldade tira o mal.»

 

Cada um de nós só dá o que tem no coração…
Se carregas o peito com bondade, praticar o bem é natural.
Mas, se abasteces os olhos com rancor e discórdias, semear o ódio é o que fazes de melhor…
No entanto, há sempre a oportunidade para abrires os ouvidos às palavras que saem da boca do teu irmão;
há sempre um bom motivo para calçares os sapatos de quem sofre;
há sempre forma de sentires o perfume delicado da Paz.

 

Quando as impurezas que habitam o nosso ser interior nos matam a vida próspera que Deus nos dá,
é urgente usarmos o tal crivo que escondemos num cantinho remoto do nosso corpo.
Perante a guerra… usa o coração e não dispares a arma da acusação e da hipocrisia.

 

Neste exato momento, há vidas que precisam da nossa esperança.
O mundo precisa da Fé Cristã.
A humanidade precisa de ti e de mim…

 

No século passado Nossa Senhora, em Fátima, pediu aos Pastorinhos,
nesta semana o Papa Francisco pede a cada um de nós: Oração e Jejum.
A Oração é a arma mais poderosa que possuímos. Usemo-la sem medo.
Vamos limpar o mundo e a nossa vida das impurezas que nos cegam.
Que a nossa boca fale do que transborda do nosso coração…

Durante esta semana cantemos:



Miraculosa, Rainha do Céu, sob o teu manto tecido de luz,

faz com que a guerra se acabe na terra e haja entre os homens a paz de Jesus.

 

Nossa Senhora, Mãe de Jesus, dá-nos a graça da tua luz.

Virgem Maria, divina flor, dá-nos a esmola do teu amor.

 

Se em teu regaço, bendita Mãe, toda a amargura remédio tem,

as nossas almas pedem que vás, junto da guerra, fazer a paz.

 

Pelos velhinhos sem lar nem pão, pelas crianças, flores em botão,

pelos soldados que à guerra vão, Senhora, escuta nossa oração!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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