Ai, meus ricos Santos populares
Estão de volta os
Santos populares. E que falta nos fazia esta normalidade. Este convívio que tanto nos alimenta e nos dá um cheirinho da eternidade prometida.
Esta época dá-nos sempre um outro encanto (mesmo quando a metereologia não ajuda). A comida e a bebida fazem o milagre da multiplicação das relações. A boa disposição opera em todos nós o milagre de uma partilha sem fim.
A comemoração dos Santos populares é muito mais do que uma mera tradição. É, no meu entender, a forma mais humana que temos de dar a conhecer a alegria de Deus por nós. Ao festejarmos o Santo António, ou o São João ou o São Pedro, trazemos um pouco do Céu à Terra. Se estivermos com atenção, não acontece nestas festividades aquilo que era prometido como sendo o Reino dos Céus? Não existem também aqui eternos banquetes? Não reconhecemos verdadeiramente como todos se amam? Não identificamos com facilidade a bondade e a beleza? Não temos bem de perto a presença de um amor sem medidas?
Comemorar os Santos populares com a família e/ou amigos é hoje, mais do que nunca, um testemunho verdadeiro de que o sonho de Jesus pode ser cumprido. E o que precisamos? Precisamos do simples que Ele nos deixou: uma boa refeição, uma boa mesa e testemunhar com a nossa vida e a nossa alegria de que sabemos amar e ser amados.
É certo que nem todos olham desta forma para estas festividades, no entanto até mesmo nesses Deus se revela de forma autêntica e verdadeira.
Numa altura em que parece ser cada vez mais difícil falar de Deus ou dá-Lo a conhecer, deixemos que seja a alegria e o amor a verdadeira manifestação da Sua presença, do Seu espírito, do Seu sopro.
Benditas festividades que nos alimentam a beleza da fé!