XVIII Tempo Comum: «Pobreza…» - Ano C
Quando o teu coração anseia pela vaidade, estás a um passo da maior miséria da tua vida.
Ser pobre implica olhar para o menor bem que existe na face da terra e
sentir-se o ser humano mais rico do mundo.
Mas, a vaidade não pode apoderar-se desse coração.
Viver despojado de tudo o que pode alterar a pureza da nossa Alma é almejar as “coisas do Alto”.
“Estuda para teres um futuro melhor do que meu!”
É a frase que marca muitas das nossas infâncias.
A azáfama diária… o ritmo do teu trabalho… as obrigações que uma família impõe…
o querer ter mais… o ambicionar ser o maior de todos…
Será que nos pratos da balança da nossa existência
colocamos a vida sem vaidades nem riquezas e uma vida de oração e pobreza?
Qua terá mais peso!
Hoje, a liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum, do Ano C,
carrega-nos com um dos maiores ensinamentos dO Mestre:
«Vede bem, guardai-vos de toda a avareza:
a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens».
Quanto vale a tua vida?
Não sejas um pobre rico!
Deus tem um plano de vida para ti onde és um rico pobre.
Aquele que é capaz de nada ter, possuirá a misericórdia perante Aquele que tudo cria e tudo conduz.
Não mergulhes num mar de coisas e coisitas que não te dá o sabor doce do sal.
Não te detenhas a respirar escassamente o ar puro das árvores que te oferecem a renovação espiritual.
Não te queiras medir perante a omnipotência de um abraço sincero, de um sorriso que transborda gratidão.
Atira-te para a hipótese remota de viveres por amor para que nasçam infinitos gestos de Amor maior!
Faz da tua vida uma viagem onde todos são ricos, pois vivem numa pobreza diária.
Um dia, um sacerdote numa homília disse:
“Só os pobres têm a coragem de pedir!”
Pede a Deus, nosso Pai, que te afaste da vaidade do mundo
e te conceda a força de viver na loucura da Cruz dO Cristo.
Sê pobre!