Deus não é...
Jesus muito mais do que um mestre era um contador de histórias. Vivia encantado com a história de um Deus que não se cansa de nos receber de braços abertos e que mesmo antes de iniciarmos o caminho de regresso a casa, já se encontra à janela pronto para correr até nós.
Jesus vivia apaixonado pelo Pai e por isso não se cansava de O apresentar. E o maior desafio que teve na Sua apresentação era demonstrar o que Deus não era. Jesus tornou todo o Seu caminho em dar a conhecer o que Deus não era.
Com Jesus percebemos que Deus não é só para alguns. Com Jesus percebemos que Deus não pede sacrifícios. Com Jesus percebemos que Deus não é moeda de troca. Com Jesus percebemos que Deus não é punitivo. Com Jesus percebemos que Deus não é ganancioso. Com Jesus percebemos que Deus não é vingativo.
Jesus demonstrou, com parábolas e palavras simples, que Deus não é a imperfeição que tantas vezes idealizamos, mas sim a perfeição que jamais conseguiremos ver na totalidade. E esta forma de estar e de apresentar Deus ao jeito de Jesus desafia-nos a questionar como apresentamos Deus aos outros.
Que Deus dás a conhecer aos outros? O Deus que tu apresentas é só para alguns? O Deus que tu apresentas responde a todas as tuas questões? O Deus que tu apresentas dá-te todas as seguranças? O Deus que tu apresentas cabe no que tu és? O Deus que tu apresentas dá-te todas as certezas?
Se a todas a estas perguntas respondeste "sim", então talvez o Deus que tu estejas a apresentar aos outros, não seja o Deus apresentado por Jesus. E porquê? Porque o Deus de Jesus dá espaço à novidade. O Deus de Jesus é eternamente jovem. O Deus de Jesus é e será sempre muito mais do que aquilo que vemos e contemplamos.
Se queremos falar e apresentar Deus aos outros temos de ter a humildade de fazer como Jesus: deixar que os nossos gestos falem de amor e de como nos sentimos amados e falar sempre no que Deus não é para que assim possamos estar mais de perto daquilo que Ele efetivamente é!