E os que não têm nome?
E os que não têm nome? Sim, esses de quem a sociedade não sabe decor os seus passos e as suas conquistas. Esses homens e mulheres a quem não é feito tributo algum e que, no seu quotidiano, fazem mais do que tantos que são nomeados e reconhecidos.
E os que não têm nome? Quem é que se lembra deles? Quem se aventura a procurá-los e a dar-lhes espaço? São os que não têm nome que vão sustentando o mundo. São esses anónimos e anónimas que no silêncio das suas vidas vão dando vida a tantos e tantas. São esses de que ninguém faz notícia que vão cobrindo e dando protagonismo a todos os que se cruzam consigo.
E os que não têm nome? Sim, esses de que ninguém tem coragem de nomear, nem de aproximar. Esses que são colocados na margem e que esperam que alguém os possa um dia tratar com dignidade.
São estes. Os que não são conhecidos por ninguém, os que não têm os seus nomes fixados nas telas publicitárias nem que vêm os seus nomes escritos nos telejornais, com quem a Igreja se deve preocupar. É esta a novidade do Evangelho apresentado por Jesus: dar nome e chamar pelo nome a quem, um dia, já nem se recordava da sua existência.
E tu, quantas vezes podias ter dado nome a alguém?