Sabes o que me custa?
Já te fizeram esta pergunta? Na verdade, a maior parte das vezes em que ouvimos esta pergunta é no sentido retórico. Geralmente quer expressar um sentimento de injustiça perante alguma coisa.
Sabes o que me custa... ter dado.
Sabes o que me custa… ter confiado.
Sabes o que me custa… ter acreditado.
Sabes o que me custa… ter de ouvir
Sabes o que me custa… pôr-te de castigo
Sabes o que me custa… trabalhar
Sabes o que me custa… ?
São expressões muito comuns e que, na maioria das vezes, nada têm a ver com o valor material das coisas, mas com o incomensurável valor do que sentimos.
Custa muito sentir que merecíamos um retorno que não existe.
Custa muito fazer algo que não queremos mas, temos de fazer por um bem maior.
Custa muito dar esmola.
Custa muito jejuar.
Custa muito lutar contra pensamentos de raiva e desconforto em relação a pessoas com quem temos de lidar diariamente
Custa muito…
Mas se te custa é porque tem valor!
E se tem valor merece ser olhado como algo precioso. Mesmo que os outros não reconheçam o valor do teu sacrifício, tu deves sempre valorizar o que te custa. Não o deves apregoar, sob pena de acharem que estás a precisar de consolo (mesmo que estejas), mas deves reconhecer que se te custa é porque também o tens para dar. Sabes, “ninguém dá o que não tem”, pelo que se tens é natural que te custe a dar. Outros porém, pouco ou nada dão, por isso pouco ou nada lhes custa.
E tu amiga, o que te custa?