Não achas que existem momentos na nossa vida em que sentimos que estamos constantemente a ser postos à prova? Ora o trabalho, ora um problema para resolver, ora uma chatice e um mal-entendido…eu sei lá! Só sei que parece que estamos sempre a “nadar” para nos manter à tona. E quando digo, manter à tona, significa viver o nosso encontro com as pessoas e as nossas relações sem que se estale o verniz nem que se note o azedume que vai cá dentro.

Temos de mostrar uma aparente tranquilidade quando cá por dentro estamos num turbilhão.

Temos de ser cordiais e gentis quando na verdade nos apetece gritar.

Temos de ser simpáticos e agradáveis quando estamos tristes.

Temos de lutar para estar calados, ou para falar bem, sem que ninguém se magoe.

Parece uma permanente luta entre o bem e o mal, entre o certo e o errado e uma verdadeira prova à nossa paciência e resistência emocional.

Já te sentiste assim? Eu sim e fico exausta.

Parecemos cebolas com capas e capas e capas que nos protegem de sermos “descascadas”. Mas precisamos de descobrir o que realmente queremos proteger e pelo que vale a pena lutar. Gosto de lutar por causas e vivo com paixão cada causa com que me envolvo, mas admito que nem sempre gosto da gestão emocional e da exaustão que essas causas me trazem. Não gosto de confrontos, de mal entendidos, de egos e “primas donas”, não gosto dos que têm de estar sempre a falar, e dos que estão sempre calados e muitas vezes… não gosto de mim! Não gosto como sinto. Não gosto de sentir que perdi a prova, que não consegui domar emoções e não levar tudo como algo pessoal ou como diz o povo ”levar tudo a peito”. E quando não gostamos de nós…?

O que fazer com o que sinto? Não dá para fazer reset e começar de novo? Reiniciar? Fugir? Nessa luta interior entre o que sou e o que quero ser, salva-me a fé que tenho e as palavras que Jesus me deixa e que convidam à oração. Assim sendo, vou subir à montanha antes da próxima prova, vou rezar.

E tu amiga, quais às vezes em que te sentiste à prova?