Que fragilidade a nossa!
Somos frágeis, tão frágeis! Ou será que não? Quando foi a última vez que te sentiste fragilizada?
Se calhar foi uma mensagem que envias-te para a qual não tiveste o retorno esperado.
Um obrigado que esperavas receber e teima em não chegar.
Um resultado que não corresponde ao esperado.
Esperar um reconhecimento que fica por receber.
Ou eventualmente uma palavra de carinho que esperavas ter ouvido e não ouviste… enfim!
Acumulamos fragilidades, e dá-mos por nós a ter de gerir expectativas sobre comportamentos que não controlamos sob pena de estarmos constantemente em más companhias, ou seja com pensamento menos bons.
E quando falo de comportamentos esperados, não me refiro apenas aos dos outros, mas também aos nossos. Se é certo que as atitudes dos outros, ou as suas faltas de atitudes, nos fragilizam, também é certo que nós temos a nossa quota de responsabilidade. Não raras vezes penitenciamo-nos porque não tivemos a capacidade de corresponder ao que esperávamos de nós mesmos. Coisas simples como não ter conseguido responder ao colega sem se exasperar, ou ser assertivo em relação às chefias, ou até ter antevisto um problema que estava á frente dos nossos olhos. E então, sentimo-nos frágeis, como que se falhássemos. Se calhar não somos assim tão frágeis. Se calhar amamos muito e como amamos, esperamos, expomo-nos e sujeitamo-nos.
Mas será que temos de baixar expectativas para não nos fragilizarmos? Será que temos de esperar menos? Será que temos de nos contentar com a mediocridade das relações?
O que achas?
Eu prefiro assumir a minha fragilidade! Assumir as minhas esperanças, tanto em relação aos outros, como em relação a mim e assumir que vou sofrer porque nem sempre vou ter o retorno esperado. Mas sabes, volta e meia és surpreendida e recebes o que jamais esperarias receber e… sabe tão bem! Nessas alturas não te esqueças de retribuir, não vás fragilizar alguém.
E tu amiga, sentes-te frágil?