O Amor: o antibiótico para a tristeza

Crónicas 20 maio 2023  •  Tempo de Leitura: 2

Sabes amiga, quando ficamos tristes e nem conseguimos explicar muito bem a razão mas ficamos estranhos e a sentir-nos miseráveis? É mau!E se o sentimos é porque temos as nossas razões mesmo que as não consigamos explicar. Temos todo o direito a sentir isso, mas se ficarmos muito tempo nesse estado letárgico corremos o risco de começar a olhar para os outros com tamanha mágoa que nos tolda todos os gestos e palavras que nos são dirigidos.

 

Se alguém te fala, sentes que te agride!

Se alguém não te fala, sentes que te ignora!

 

Interpretamos tudo e todos com uma bitola muito má, como se o mundo estivesse contra nós e ninguém gostasse de ti. Na verdade, às vezes nem nós gostamos muito da versão que apresentamos.

 

Nem sempre sei como virar a página e deixar cair essa tristeza, resta-me confiar, não só em mim, mas também no bom que o outro pode fazer.

 

Estar disponível para olhar para o outro com Amor, sem julgamentos e sem defesas?. Não, não é fácil! É nessas alturas que peço a Deus que me dê a capacidade para olhar para o outro com mais amor do que nunca, e não tanto para a falta de amor que sinto. E sabes? Acho que Ele me escuta! Prescreve-me um antibiótico e alerta: ”o efeito não é imediato, tens de ser persistente e rigorosa na toma”. A receita? É o AMOR, revestido numa cápsula preciosa que é a caridade!

 

Devagar, devagarinho começo a olhar para as palavras e os silêncios do outro com mais amor e tolerância.

 

Devagar, devagarinho começo e a relevar com caridade as falhas de quem sinto que me falhou (porque nem sempre o outro falha apenas eu sinto que sim).

 

Devagar, devagarinho começo a sentir o amor dos outros por discretos que sejam os seus gestos e palavras.

 

Devagar, devagarinho começo a abrir o coração ao bom que o outro me tem para dar sem juízos de valor ou preconceito

 

Devagar, devagarinho… volto a sorrir! E sabe tão bem!

 

E tu amiga, tens tomado o antibiótico?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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