Ser padrinho de alguém é dizê-lo com a vida
Qual é o papel do padrinho ou da madrinha? Para que serve?
Na última semana preparei Primeiras Comunhões (Sacramento da Eucaristia), Profissões de Fé e Crismas. Além disso, presenciei 7 batismos e o Crisma de 23 jovens e 2 adultos. Sou padrinho de batismo de 3 jovens e já perdi o número de jovens e adultos de quem sou padrinho de Crisma.
Mas quer nas preparações, quer nas negociações com familiares e amigos, a questão da essência do apadrinhamento dá origem a grandes debates e diálogos. Sim, porque de antemão recuso ser padrinho de sobrinhos ou de filhos de amigos próximos. A razão é sempre a mesma: sou próximo desses; acompanho o seu quotidiano; sei do meu papel enquanto tio ou “tio”; empenho-me no crescimento espiritual de todos eles na medida do que dou e do que me permitem dar.
Ser madrinha ou padrinho é uma responsabilidade única e delicada; é a responsabilidade pelo caminho de fé dos afilhados. Antes de tudo, não é um papel, mas um serviço ao seu crescimento como ser humano e como cristão.
Não é tanto sobre pensar no que fazer, mas como ser, ou quem ser. A madrinha ou o padrinho devem ser antes de tudo, testemunhas da vida evangélica, da beleza de ser cristão. Isso não se aprende nos livros, mas vive-se porque se quer e se acredita. Porque para nós, uma vida acompanhada por Deus é uma vida de verdadeira felicidade.
Precisamos cada vez mais de testemunhas da fé, seres humanos apaixonados, felizes por serem cristãos, capazes de dizê-lo com a vida, com os seus dons e os seus limites, com os seus sucessos e com os seus fracassos.
A docilidade que Deus opera nos corações deve resplandecer na vida de cada madrinha e de cada padrinho. Por isso é que o serviço destes dura toda a vida dos afilhados, mesmo quando estes se afastam da fé ou fazem escolhas contrárias a ela.
Todas as ações que ajudam a formar a identidade crente: acompanhar, apoiar, guardar e formar.