Anda gente a salvar o Mundo!
Anda gente a salvar o Mundo. E nós nem nos apercebemos disso. No meio de toda a azáfama damos por adquirido o que nos parece de fácil acesso, mas esquecemo-nos que o mais simples dos pormenores da nossa vida são assegurados por tantos e tantas. Há, por aí, quem se detenha em permitir que o mais simples aconteça no ordinário dos nossos dias e nem compreendemos o quão extraordinário são todos os seus atos.
Anda gente a salvar o Mundo. Há quem se preocupe verdadeiramente com os problemas dos outros. São pessoas que se desgastam por inteiro para que o outro possa ser. Dão tudo de si para que ninguém fique para trás. São gente que vive para solucionar o que parece irremediável. São mulheres e homens que, através da união e da partilha, vão criando verdadeiros milagres.
Anda gente a salvar o Mundo. São pessoas que dão o seu tempo sem querer nada em troca. Dão-se por reconhecerem o impacto que podem ter nos outros. Não procuram protagonismo, nem certificados. Dão-se porque sabem que a vida só se alarga quando nos entregamos em serviço. São gente que vai para além do altruísmo egoísta. São mulheres e homens que se comprometeram a ser missionários do amor.
Anda gente a salvar o Mundo. E quem são estas pessoas? Pensa: quantos e quantas andam empenhados em abraçar o sofrimento dos outros? Quantos e quantas se disponibilizam verdadeiramente para escutar os que caminham consigo? Quantos e quantas tiram do seu tempo para que o outro possa ser? Quantos e quantas movem rios e montanhas para que tantas causas sociais subsistam? Quantos e quantas permitem que o outro seja olhado e amado?
Anda gente a salvar o Mundo. E termos conhecimento disto dá-nos esperança, principalmente, num momento em que tudo parece estar desfragmentado. Termos conhecimento disto cria dinamismo, principalmente, num momento em que ninguém parece ter paciência e sensibilidade para os outros. Anda gente a salvar o Mundo. Consegues ter consciência disto?
Hoje, antes de caíres no desânimo, questiona-te: se até nós que somos olhados conhecemos o poder do olhar, quanto impacto poderá ter naqueles e naquelas que não se sentem olhados/as?