Jesus é o 𝙤𝙪𝙩𝙧𝙤!
Jesus Cristo é o outro. E apercebemo-nos disso, facilmente, nos Evangelhos. Viveu para que outros pudessem ter Vida. Fez-se próximo para que outros se sentissem acolhidos. Ergueu para que outros saboreassem o amor e a misericórdia de Deus. Chamou para que outros soubessem o poder de se saberem olhados. Jesus Cristo deu-Se por inteiro aos outros para que ninguém se sentisse indigno na sua inteireza.
Por isso, sabendo que este Jesus é o outro, todos e todas que se cruzam na nossa vida são uma verdadeira oportunidade de serem reflexo da Sua presença. E são tantos/as os/as que um dia nos apresentaram este Jesus, o Nazareno. Muitos/as apresentaram-No com o dom da sua palavra capaz de nos reerguer para a vida. Muitos/as apresentaram-No com a sua alegria de viver capaz de nos recordar que a Sua humanidade é também sinal de divindade. Muitos/as apresentaram-No com a sua serenidade e sensibilidade poética capazes de nos recordar que Ele se faz presente no bem, no bom e no belo. Muitos/as apresentaram-No com os seus abraços capazes de nos recordar que Deus é, efetivamente, Aquele que está. Muitos/as outros/as apresentaram-No com o seu olhar capaz de nos dar a conhecer, por breves instantes, o poder de decifrar a nossa vida no silêncio.
Se Jesus é o outro, se nós somos também somos o produto de tantos e tantas, então a nossa fé e a nossa Igreja só podem ser outros/as. E não há lei, doutrina ou decisão clerical que possa anular o impacto que alguém teve na nossa vida ao apresentar Aquele que um dia foi capaz de mudar a nossa vida. A nossa fé são outros. E independentemente do que foram, são ou virão a ser, nada, nem ninguém, poderá anular os momentos em que foram testemunho verdadeiro deste Jesus.
Hoje, antes de regressares ao teu quotidiano, recorda aqueles/as que te apresentaram Jesus e diz-lhes o quão importantes foram na tua vida, na tua fé!