A verdade do que somos!
Jesus, não pede mais do que a verdade. Não exige nada mais do que a verdade do que somos. E só pode existir verdade quando somos capazes de incluir toda a nossa história. Não pode existir verdade se ignorarmos o que fomos. Não há possibilidade de existir verdade se não formos capazes de integrar na nossa inteireza o que nos envergonha. Não somos inteiros se quisermos viver apenas com metades.
Viver a verdade do que somos é reconhecer que o passado foi capaz de nos moldar para um presente que nos possibilita um futuro. Como poderíamos ser o que somos se antes não tivéssemos sido? Como poderemos vir a ser se não formos capazes de integrar no presente a nossa constante evolução?
Jesus não escolhe perfeitos, porque aprecia inteiros, isto é, tem um especial interessepor aqueles e aquelas que conseguem viver a verdade do que são e, através dela, possibilitar recomeços. Jesus tem esta queda por inteiros que não desistem de serem livres. Jesus tem um fraquinho por inteiros, porque reconhece que neles/as existe a autenticidade de quem procura ser sem máscaras.
Se Jesus pede-nos inteiros, porque exigimos a perfeição desumana? Se Jesus pede-nos inteiros, porque somos rápidos a julgar e lentos a perdoar? Se Jesus pede-nos inteiros, porque criamos fardos pesados em vez de jugos suaves? Se Jesus pede-nos inteiros, porque pedimos a tantos e tantas para viverem apenas com as suas “metades”?
Viver a verdade do que somos, a nossa inteireza, é reconhecer que em Jesus, o Nazareno, podemos ser sempre mais e melhor. Viver a verdade do que somos é sabermos que em Jesus, o Cristo, não há nada suficientemente morto que não possa ser erguido. Viver a verdade do que somos é termos a certeza de que Jesus, o Nazareno, abraça toda a nossa existência. Viver a verdade do que somos é arriscarmos na liberdade do amor que tudo pode!
Hoje, antes de te refugiares nas tuas certezas, questiona-te: vivo a verdade do que sou? Entrego tudo o que fui e sou a Jesus? Permito que os outros possam ser e viver a sua inteireza?