O sorriso de Deus
Questionavam-me esta semana como poderia ser o sorriso de Deus.
Não esperava por tamanha pergunta e, como tal, não tinha nada que pudesse usar como resposta.
A pergunta ficou dentro de mim e fez com que me centrasse, uma vez mais, nos outros.
À medida que a pergunta se apoderava dos meus pensamentos, ia observando e analisando aqueles que se encontravam à minha volta.
Felizmente tenho a sorte de, em diversas situações, estar rodeado de jovens e adultos com um sentido de humor muito apurado, onde facilmente todos nós soltamos um sorriso e até mesmo uma gargalhada, mas não me fiquei por aí. "Sabia-me" a pouco.
Tinha de amadurecer a pergunta e observar ainda mais situações.
E, quando eu menos esperava, surgiu aquela que é, para mim, a maior revelação do sorriso deste Deus.
Acreditando que este Deus é amor e que a Sua presença se manifesta em todos aqueles que se cruzam connosco, fixei então o meu olhar numa mãe que caminhava com o seu filho de mão dada, onde simultaneamente conversavam e sorriam um para o outro.
Não quero menosprezar os homens, mas encontrei no sorriso de uma mãe a resposta para a pergunta.
Se Deus sorri, então Ele tem um sorriso de uma mãe.
Um sorriso meigo. Um sorriso confortador.
Um sorriso que acolhe o Seu filho. Um sorriso que aparece mesmo no meio de tanta dor.
Um sorriso que não condena. Um sorriso que incentiva.
Um sorriso que consola e que embala.
Um sorriso que gera uma vida. Um sorriso que dá sentido a essa própria vida.
O sorriso deste Deus está connosco e como tal revela-se naqueles que têm a capacidade de gerar vida, amor e paz.
O sorriso deste Deus só poderia ser desta maneira.
O sorriso deste Deus surgirá sempre como suporte, perdão e compaixão.
O sorriso deste Deus aparece sempre que voltamos a Sua casa para Lhe entregarmos a nossa vida.