Papa apela a uma revolução na educação

Razões para Acreditar 20 outubro 2020  •  Tempo de Leitura: 2

Se, antes da pandemia, já muitas crianças e jovens não tinham acesso ao ensino, vive-se agora, segundo o Papa, uma verdadeira "catástrofe educativa". Corre-se o risco de dez milhões de crianças serem "obrigadas a abandonar a escola por causa da crise económica gerada pelo coronavírus, agravando uma disparidade educativa já alarmante". Citando as agências internacionais, o Papa chamou a atenção para os "250 milhões de crianças, em idade escolar, excluídas de toda e qualquer atividade formativa".

 

Perante um panorama educativo mundial tão preocupante, o Papa não se resigna ao fatalismo de um Mundo que caminha para "a divisão, o empobrecimento das faculdades de pensamento e imaginação, de escuta, diálogo e compreensão mútua" e convida a "olhar em frente com coragem e esperança".

 

Para corresponder aos anseios das novas gerações de um "caminho educativo renovado", o Papa reivindica "um percurso educativo para construir novos paradigmas capazes de responder aos desafios e emergências do Mundo atual, de compreender e encontrar as soluções para as exigências de cada geração e de fazer florir a humanidade de hoje e de amanhã".

 

Na videomensagem o Papa assumiu sete compromissos, colocando no centro a família como "o primeiro e indispensável sujeito educador". As famílias não podem limitar-se a entregar os filhos à escola e demitirem-se da sua responsabilidade educativa, sustenta. Para além das famílias, o pacto educativo deverá, segundo o Papa, envolver também "as comunidades, as escolas e universidades, as instituições, as religiões, os governantes, a humanidade inteira na formação de pessoas maduras".

 

Não será fácil elaborar um Pacto Educativo Global, mas mais difícil ainda será implementá-lo. Ele será, contudo, decisivo para o futuro da humanidade.

Artigos de Opinião Jornal de Notícias. 

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