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a sua tag: "Marta Arrais"
Vamos caminhando pelos dias que a vida nos dá ligeiramente arrogantes. Vamos como quem nunca terá de se despedir. Como quem nunca precisará de sair da zona de conforto. Como quem tem tudo como certo. Como quem nunca terá de fazer as malas do que é seguro para abrir as malas do que não se conhece.
Suspende o mundo lá fora. Sossega. Apaga as luzes do que te distral e deixa-te ficar. Póe o telemóvel no silêncio, baixa a ecrã do computador, desliga a televisão e ouve apenas o que o coração pede.
Ter uma atitude de gratidão perante aquilo que nos vai acontecendo é um desafio tremendo. É profundamente mais fácil agradecer as coisas boas que temos, os momentos de grande alegria, as conquistas, o concretizar de um sonho, o erguer de um projeto que se revela bem-sucedido e profícuo. Mesmo assim,
Arrisco a dizer que estamos, todos, com muita sede de virar a página. Queríamos que estes tempos difíceis desaparecessem dos nossos dias; que as notícias que nunca são boas dessem lugar a pontinhos de luz e de esperança em forma de informação e de conteúdo. No entanto, parece que ainda não estamos a
São muitas as luzes que brilham nesta altura. As luzes baças das notícias tenebrosas. As luzes baças dos que nos fazem acreditar que vivemos para trabalhar, para não ter tempo para mais nada. As luzes do que não é essencial, do dinheiro que é rei em tudo e em todos. As luzes da rua que nos ofuscam o
Somos tentados a sentir que não há condições para o Natal. Não há espírito. Parece que nos falta o que já não volta. Que sentimos as ausências mais do que nunca. Que compreendemos, agora, o que perdemos.
Precisamos de guardar tempo para o essencial e o mundo obriga-nos a ser produtivos a todo o instante; a não desligar as notificações; a não ignorar mais aquela mensagem ou e-mail.
Não nos está a ser fácil compreender estes recuos na pandemia. Parecia que estávamos um pouco mais a salvo há tão pouco tempo e, de repente, somos novamente cilindrados pelas notícias de uma nova variante, de novas restrições, de novas dúvidas e inquietações.
Às vezes, só precisamos de ouvir esta frase. Ou de a dizer como quem reza:
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