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a sua tag: "Marta Arrais"
Infelizmente, a resposta (ainda) é não. Não tratamos as pessoas como iguais. Tratamos as pessoas à luz dos nossos preconceitos, das nossas ideias atabalhoadas e cheias de lixo. Tratamos as pessoas com base no género, nas opções de vida, na maneira de vestir, na capacidade para comprar ou não comprar
Somos perfeitos na arte de julgar. De criticar. De apontar o dedo a quem faz mal. De apontar o dedo a quem faz diferente. De apontar o dedo a quem, simplesmente, não faz como nós.
Julgo que teremos deixado, em parte, que estes novos tempos se apoderassem dos nossos dias e da nossa vida. Já não pensamos muito em dias especiais ou de festa, porque não se podem celebrar. Tentamos não pensar muito em quem nos morreu porque não os pudemos chorar devidamente. Tentamos não pensar na
A Páscoa trouxe-nos a renovação da promessa da Luz que vem do Céu. Depois da tormenta que nos protagonizou, encontrámos, mais uma vez, razões para acreditar que haverá um feixe de luz ao fundo de todos os túneis.
Esta semana sentamo-nos na praia com O que veio do Céu. Estamos à beira-mar como quem espera por uma revelação capaz de mudar a vida toda. As ondas vêm e vão. Tocam os nossos passos ao de leve para depois se despedirem deles novamente.
Esquecemo-nos, muitas vezes, da pressa que a vida tem. Esquecemo-nos que não temos autorização para perder tempo. Quando nos arriscamos a julgar que os dias são nossos, tudo pode virar-se do avesso, subitamente, para nos voltar a colocar no lugar. Não somos daqui. Não somos do mundo. Não somos dos n
Não gostamos que os outros tenham coisas para nos ensinar. Sentimo-nos frágeis, perdidos, como se tivéssemos perdido o controle de tudo. Como é que alguém ousa querer saber mais do que eu? Mais do que a minha razão? Mais do que a minha arrogância?
Nunca somos nós que olhamos de lado. Que temos segundas intenções. Que adivinhamos sentidos terríveis nas entrelinhas das palavras dos outros.
Gostamos de avaliar os outros com base na nossa própria imagem. Se somos pessoas mais frias e menos extrovertidas, esperamos que os outros sejam assim também e, se não forem, parece-nos estranho ou estrangeiro. Se somos pessoas calmas, de gargalhada fácil e de natural expressão de ternura, esperamos
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