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a sua tag: "Marta Arrais"
Se o teu caminho não for claro, quem é que te ajuda a ver? Se fores para fora de pé, quem é que te salva? Se o chão se abrir, quem é que te ensina a voar?
Não nos chega tudo o que temos. Somos bons a pedir mais, a querer mais, a sonhar mais. Não nos chega o que já alcançámos, o que já é nosso e o que construímos. Não nos chegam os planos já cumpridos, os sonhos já realizados e as preces já ouvidas.
Há muitas perguntas que só (nos) fazemos quando as coisas (nos) correm mal. Não é necessário que se abata sobre a nossa cabeça uma tragédia de proporções astronómicas ou uma desgraça que nos sugue o chão. A nossa noção de “correr mal” é, muitas vezes, mais aligeirada e menos grave do que isso.
É demasiado fácil encontrar defeitos nas pessoas que conhecemos. Dizemos que gostamos muito de determinada pessoa mas falta-lhe isto. Ou aquilo. O pior é que é muito teimosa. Ou ainda, acha que tem sempre razão. Ou até, é pouco humilde, muito individualista. Se pensarmos bem, a lista não
Somos feitos de recomeços. Claro que também há muitas coisas que terminam em nós e connosco e, inevitavelmente, também temos um currículo de fins a fazer fila dentro do coração. No entanto, os recomeços parecem inaugurar uma espécie de esperança que não se apaga, nem mesmo com o cair das noites.
Parece, de facto, uma recomendação estapafúrdia. Despropositada. Mas talvez não seja. Temos o hábito terrível de não deixar nada para depois. Se pode ser feito, tem que ser hoje. Agora. Ou, melhor ainda, ontem.
As placas que vão indicando a localidade de Castanheira de Pera não deixam prever o cenário que estamos prestes a encontrar. À medida que nos aproximamos, tudo muda. As árvores que um dia deram vida às imediações da serra não existem.
Não podia deixar de escrever sobre esta maravilhosa notícia. Foram salvas todas as crianças que estavam presas dentro de uma gruta na Tailândia. Foi salvo, também, o professor que as acompanhava e que, erradamente, as encaminhou para uma escuridão que duraria dezassete longos dias.
Somos teimosos. Ficamos presos ao que não soubemos (ou quisemos) ultrapassar. Custa-nos avançar. Não nos passa na garganta. Não nos passa, de todo. Fazemos coleção do que nos acontece e vamos sobrepondo as pessoas, os lugares, as experiências, os dias e os instantes.
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