«Todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias»
Esta frase é de Carlo Acutis. Jovem que morreu em 2006 apenas com 15 anos e após uma "luta" contra uma leucemia agressiva. Depois de fazer a 1ª Comunhão com sete anos, nunca falhou à Eucaristia diária, bem como à Adoração ao Santíssimo Sacramento. Nossa Senhora era a sua grande confidente e nunca se esquecia de a honrar rezando todos os dias o terço. Um jovem normalíssimo que viveu a santidade no quotidiano.
E por que motivo cito esta frase? Porque o Papa Francisco faz referência a este jovem na Exortação Apostólica "Christus Vivit" e apresenta-o aos jovens como modelo para o uso positivo das novas tecnologias e redes sociais.
No documento, que é composto por nove capítulos divididos em 299 parágrafos, o Santo Padre explica que se deixou "inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo" dos jovens, celebrado no Vaticano em outubro de 2018, intitulado "Os jovens, os fé e discernimento vocacional ".
No quarto capítulo, o Papa Francisco anuncia três grandes verdades aos jovens: "Deus é amor"; "Cristo salva-te"; e "Ele vive". Estas três verdades contêm o significado profundo desta Exortação. No seu conjunto, são o grande anúncio Pascal. Francisco mostra desta forma estar em sintonia com o Sínodo. Este, no seu documento final, apelava à centralidade do "anúncio de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, que nos revelou o Pai e ofereceu o Espírito", como dom irrenunciável a oferecer aos jovens hoje.
A Igreja nada mais tem que oferecer a cada jovem, além deste encontro com o Deus vivo, que ela própria continua a experimentar como amor, como salvação e como fonte de vida. O Santo Padre é claro ao colocar aos nossos olhos o essencial do cristianismo: Jesus está vivo! Devemos conduzir os jovens ao encontro com Ele e não com as nossas estruturas. Estas devem estar ao serviço do encontro pessoal com Jesus. Quanto temos a mudar nas nossas catequeses e nas nossas vivências da fé…
É neste encontro pessoal com Jesus que se podem abrir novas possibilidades de orientação vocacional. Entrar numa autêntica relação de amizade com o Senhor, oferece aos jovens a possibilidade de considerar os próprios itinerários e as próprias decisões à luz da mensagem e do amor de Jesus Cristo a toda a humanidade. Porque já é Jesus que suscita, sustem e encoraja os jovens a uma vida autêntica e a deixar de lado tudo aquilo que manipula e escraviza.
E todos nós estamos envolvidos nesta tarefa. Não é numa igreja que facilmente se esquece deste Deus Vivo; não é numa igreja tantas vezes triste; não é numa igreja preocupada com o supérfluo que os jovens se vão deixar seduzir por este Cristo Ressuscitado.
Não sejamos incrédulos, mas crentes!