Inicia hoje o Mês Missionário Extraordinário que tem como objetivo: “despertar em medida maior a consciência da missão ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Trata-se de acontecimento eclesial de grande importância porque abrange toda a Igreja nas suas conferências episcopais, em todos os institutos de vida consagrada, nas sociedades da vida apostólica, nas associações e movimentos eclesiais. Portanto, a todos e a cada um de nós.

O desejo do Papa Francisco em proclamar este ano um Mês Missionário Extraordinário visa também, celebrar o centenário da carta Apostólica Maximum Illud de seu predecessor o Papa Bento XV. O tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” pretende reavivar a consciência batismal do Povo de Deus em relação a missão da Igreja. “A ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (Evangelii Gaudium 15). 

A missa dominical deste fim de semana na minha terra natal teve como particularidade o "envio" dos catequistas para este novo ano catequético. Na sua homília, o pároco, usou a segunda leitura da Liturgia da Palavra, ou seja, o texto da 1ª Carta de São Paulo a Timóteo, para definir a missão do catequista. "Serviu-me a carapuça!" 

«Caríssimo: Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste bela profissão de fé perante numerosas testemunhas.» (1ª Tm 6, 11-12)

Não pode sem mais objetiva, mais concreta e mais frontal a forma como viver este mês extraordinário! Batizados e enviados quer dizer o seguinte: visto que professo a minha fé em Jesus Cristo, não posso que não anunciá-Lo a todo o mundo e com toda a minha vida!

Não posso partir em missão para o exterior? Posso estar em missão no quotidiano com quem me encontro. Como? Praticando a justiça; a piedade; a caridade; a perseverança e a mansidão com a minha família; com os meus amigos; com os meus conhecidos; colegas de trabalho ou de tempo livre; com os meus alunos; com os meus doentes e os meus idosos…

Há uma frase atribuída a São Francisco de Assis que, de tempos a tempos, me sobressalta na mente e no coração: «Pregue sempre o Evangelho. Se necessário use palavras». Nada mais quer dizer que a vivência do Evangelho, a vivência da Palavra de Deus deve ser visível na minha ação diária. O meu ser e estar no dia a dia, deve ser a missão de pregar com a vida a fé que professei com o meu batismo e confirmei no crisma. A palavra confirma o que demonstro diariamente com escolhas, gestos e obras.

Votos de um Mês Missionário Vivo!