Jogos de Palavras

Crónicas 3 outubro 2019  •  Tempo de Leitura: 2

Sempre gostei de jogos de palavras.

Razões geram resultados.

Practice makes ... progress. Not perfect.

Umas vezes ganhas, outras vezes... aprendes. Nunca perdes.

Jogar com as palavras serve para nos inspirar a dar um sentido ao que, por vezes, não tem. 

 

Recentemente ouvi falar na Arte de Ajudar como o itinerário de Acolher-Motivar-Envolver, ou seja, AME! Mas como o mundo caminha para os relacionamentos cada vez mais pessoais, quando tratas alguém por tu sentes uma familiaridade única e proximidade. Por vezes não é fácil envolver alguém quando ajudamos, por isso resta-nos acompanhar. Ou seja, a arte de ajudar num tom menos formal ganha o itinerário AMA: Acolhe-Motiva-Acompanha.

 

Pensa agora em DEUS. Sem Deus, a minha experiência é a de perder a Direcção e o Sentido. Assim, caindo o D e o S, o que resta? EU. Daí a tendência de me voltar para mim próprio quando vivo sem Deus.

 

O jogo é muito mais do que uma forma de nos divertirmos, ou de ganharmos fama e sermos admirados. Pouco nos damos conta de como o jogo nos coloca numa posição de vulnerabilidade e convida a estarmos numa zona de desconforto.

 

Quando jogamos com as palavras, ficamos a pensar no que essas significam e em como nos inspiram a progredir. São como uma APP - Alimento-Para-Pensar.

 

E sabemos como nem sempre conseguimos viver de acordo com o que dizemos. Falhamos, levantamo-nos e continuamos a caminhar. Safamo-nos porque SAFA é mesmo isso, Saber-Aprender-Fazendo-Asneira.

 

Dizia Cristóvão Colombo que a vida tem mais imaginação do que os nossos sonhos. E quando temos consciência plena de como as palavras são capazes de alterar a realidade à nossa volta, seguramente que lhes daremos um outro valor.

 

Talvez tenhas criado os teus próprios jogos de palavras, e não há melhor palco do que a vida para os imaginar e partilhar com os outros. São pequenas gotas de sabedoria que nos põem a sorrir e inserem no rio da proximidade que dinamiza os relacionamentos.

 

Não são um fim, mas um meio que não tem fim. Não são um ponto de partida, nem de chegada, mas a linha que liga os pontos.

Aprende quando ensina na Universidade de Coimbra. Procurou aprender a saber aprender qualquer coisa quando fez o Doutoramento em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico. É membro do Movimento dos Focolares. Pai de 3 filhos, e curioso pelo cruzamento entre fé, ciência, tecnologia e sociedade. O último livro publicado é Tempo 3.0 - Uma visão revolucionária da experiência mais transformativa do mundo e em filosofia, co-editou Ética Relacional: um caminho de sabedoria da Editora da Universidade Católica.
 
 
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