E se arriscasses mais?!
Temos o pensamento toldado e nem nos apercebemos. As nossas ideias mais bonitas e mais queridas estão a boiar no meio do lodo e do pântano que criamos dentro da nossa cabeça. Ou é o que nos assusta. Ou é a doença de que todos falam. Ou é não ter dinheiro para tudo. Ou é viver para o trabalho. Ou é o que perdemos. Ou é o que estamos para perder. Ou é o que os outros pensam de nós. Ou é o que os outros dizem de nós. Ou é o que queremos e não podemos. Ou é o que podemos e não queremos.
Há sempre qualquer coisa que teima em afogar-nos as esperanças, os planos e os sonhos. É normal. É muito mais fácil viver à sombra do que já se conhece (ainda que não seja bom para nós) do que avançar para uma paisagem desconhecida.
Às vezes temos quem “nos acorde” e nos diga que já chega. Que não estamos bem. Que é altura de parar para pensar. Que é altura de medir a magreza espiritual em que nos encontramos. Outras vezes, e por nos sentirmos transparentes e completamente alheios à preocupação dos que nos rodeiam, somos nós que nos acordamos. Há uma campainha que toca debaixo da nossa pele e que nos grita: acabou. É desta. Agora é que eu vou. Agora é que eu faço. Agora é que vai ser.
Mas, então, quais as razões para essa campainha não tocar mais vezes?! Lamento informar, mas não são os outros que têm que te acordar, por muito que te amem. Tens que ser tu a querer ouvir. Tens que ser tu a querer dar corda aos passos.
Por favor, não esperes que seja um acidente, uma doença, um problema grave ou um desvio no caminho que te façam perceber que estiveste a perder tempo precioso:
Vive agora. Salta agora. Arrisca agora. Vai agora. Sai agora. Voa agora.
No final sabes o que é que conta?
Tu.