O futuro é já ali!
Apoderou-se de nós um desalento pegajoso. Uma espécie de desânimo conformado que pesa nas costas, nos ombros e no coração.
Queremos descobrir sentido e significado neste vazio em que a nossa vida parece ter caído. A paciência parece gastar-se demasiado rápido. A tolerância, também.
As pessoas de sempre parecem mais cansativas, menos interessantes, mais amargas, menos atraentes. É como se o brilho natural de todas as coisas e de todos os momentos se tivesse apagado.
No entanto, julgo que o nosso desencantamento tem origem dentro do que somos e não, propriamente, fora de nós.
Somos nós que agora (e compreensivelmente) não conseguimos ver bem o lado bom que todas as coisas têm.
Ainda assim, e lá no fundo do que temos mais bem guardado, há sempre uma luz que se deixa acender. A luz da fé. Da luz de uma vacina que nos acena ao longe como um lenço branco. A luz de uma nova vida que encontra pela primeira vez os braços da mãe ou do pai. A luz do sol que aquece os dias e o coração. A luz dos nossos. Dos amores das nossas vidas.
E, de repente, até na noite descobrimos um ponto de luz que nos diz baixinho:
O futuro vem a caminho. E é teu.