Férias Perfeitas!
Para uma grande maioria, estamos ou estaremos a iniciar um período de merecido repouso. Posso falar de mim, que enquanto professor, aproxima-se esse tempo fundamental. Mas que tipo de férias queremos, merecemos ou auspiciamos? O que são as férias?
Eu preparo-me por iniciar este tempo de descanso com uma familiar essencial para mim, hospitalizada, a minha mãe. Serão férias?...
Por outro lado, o Papa Francisco desafia-nos, nestas férias, a ler a Palavra de Deus sem pressa…
Ouvir a Palavra de Deus e a vida é exigente, sobretudo porque nos pede para colocarmos a nós mesmos, as nossas expectativas, os nossos preconceitos, as nossas certezas, as nossas convicções, em segundo ou terceiro plano, e abrir o coração e a mente à novidade de Deus e do próximo. Ainda por cima, na disponibilidade de deixar-se interrogar e de rever as nossas posições em relação a Deus e ao outro. Por outras palavras, a escuta exige - o termo é muito forte - a disposição de deixar o nosso coração mudar! É o início de toda conversão e de todo caminho de crescimento.
O que o Papa me (nos) pede parece simples…
Mas ouvir, sem pressa, é condição fundamental para ouvir e compreender o clamor da humanidade que pede justiça, igualdade, cuidado e atenção; abrir os olhos para aqueles que, talvez ao nosso lado, choram de desespero e solidão; ouvir os gritos da criação esgotada mais do que nunca pelo Homem consumidor; interpretar os sinais dos tempos que exigem escolhas proféticas e radicais para dar testemunho do Evangelho e do amor de Deus.
Portanto, ouvir a minha mãe, é ler o Evangelho sem pressas, ou, no mínimo, consequência dessa leitura…
Que nestas férias estejamos dispostos a ler a Palavra de Deus sem pressas e ao mesmo tempo a encontrar no outro, mesmo quando precisa, o Evangelho vivo.
Para todos os que me lêem com paciência, bondade e misericórdia, umas santas e repousantes férias.
Até setembro, se for essa a vontade de Deus.